Melhor Mecatrónico 2023: “Poder mostrar o nosso trabalho credibiliza a profissão”

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Alexandre Borges tem vinte e oito ano, vive em Nelas e trabalha n’A Oficina Borgesport, uma oficina multimarca de serviço completo, desde o diagnóstico a todo o tipo de reparações

Desde muito cedo que Alexandre Borges aproveitava as férias da escola para acompanhar o pai na sua oficina de preparação e reparação automóvel multimarca. Aos dezoito anos decidiu prosseguir os estudos e tirou licenciatura e mestrado em Engenharia Automóvel. Recentemente terminou um Mestrado em Motorsport em Espanha. Durante a sua formação e sempre que tinha oportunidade esteve ligado à oficina e atualmente está um pouco mais dedicado ao diagnóstico. Sempre teve intenção de estar ligado ao setor automóvel e acabou por regressar a casa porque considera que as oficinas multimarca necessitam e irão necessitar cada vez mais de pessoas com formação para conseguirem acompanhar as evoluções constantes deste setor.

“O que mais me atrai são os desafios desta profissão, cada problema é diferente e temos que identificá-lo e saber como solucionar, o que faz com que cada dia seja diferente do anterior, sempre com novos desafios”, afirma Alexandre Borges. Primeiro decidiu formar-se para conhecer como funcionam todos os sistemas que compõem o automóvel e atualmente, para se manter atualizado, frequenta ações de formação. Recorre também à internet, que considera uma excelente fonte de informação e afirma que “hoje em dia só não aprendemos se não tivermos interesse ou necessidade”.

Tem conseguido equilibrar a vida pessoal com a profissional, ocupando parte do seu tempo para investir em conhecimentos para a sua profissão, mas não considera que lhe falte tempo para si próprio. Pratica desporto motorizado e nos últimos anos tem disputado o campeonato nacional de Kartcross, ou seja, quando não está a trabalhar normalmente está em provas, a preparar a viatura de competição ou a desenvolver novas soluções para se tornar mais competitivo.

Tem verdadeira paixão pela sua profissão e sente-se sempre satisfeito quando resolve problemas com sucesso. Considera muito difícil prever o futuro da profissão Mecatrónico Automóvel, porque é um setor alvo de mudanças grandes e muito rápidas, mas acredita que será certamente ainda mais sofisticado em relação à atualidade. “Eu acredito que vão surgir mais ferramentas para auxiliar os técnicos seja com realidade aumentada, inteligência artificial, entre outras tecnologias que já têm vindo a ser implementadas por algumas marcas. Acho que esta profissão terá muitos anos de sucesso se estivermos dotados de conhecimento e equipamentos ao nível da tecnologia”, refere.

Tomou conhecimento da Competição Melhor Mecatrónico através do seu pai, leu o regulamento que achou interessante e, desde logo, decidiu participar para por à prova os seus conhecimentos. “Perspetivo uma experiência exigente e muito desafiante. Creio que será semelhante ao dia a dia de um mecatrónico, mas estar a competir numa final, num ambiente de prova sob o olhar atento dos júris vai fazer aumentar os níveis de pressão”, antecipa. Alexandre Borges considera ser uma mais valia a Competição ser realizada no decorrer do salão expoMECÂNICA. “Poder mostrar o nosso trabalho “in loco” ao público é algo que vai permitir credibilizar ainda mais a profissão de mecatrónico. É uma profissão exigente que implica uma constante atualização de conhecimentos para acompanhar as variadas evoluções tecnológicas dos veículos”, conclui.

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