“Queremos fazer de Portugal o nosso maior centro tecnológico”, Dmitry Zadorojnii, Autodoc

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A Autodoc chegou a Portugal em maio, com a abertura das novas instalações no Lagoas Park, em Oeiras. O novo «hub» do retalhista online de peças e acessórios para automóveis tem 1.000 m2 e, no futuro, deverá tornar-se o principal centro tecnológico da empresa. Junto do Co-CEO da Autodoc, Dmitry Zadorojnii, fomos perceber a importância deste marco estratégico em terras lusas para a Autodoc

Criada há 15 anos em Berlim, na Alemanha, a Autodoc nasceu com o objetivo de vender peças para automóveis online sem intermediários e a preços significativamente mais baixos. Década e meia depois, opera em 27 países europeus e emprega cerca de 5.000 pessoas em oito localizações, incluindo agora também Portugal. Nas novas instalações no Lagoas Park, em Oeiras – o Lisbon Tech Hub – conta já com 100 colaboradores, aos quais pretende juntar outros tantos até ao final do ano. Este centro tecnológico assume uma importância primordial na estratégia da Autodoc e, nas palavras do responsável, Dmitry Zadorojnii, o foco está na melhoria da “qualidade de serviço e em garantir que estamos mais próximos dos nossos clientes no que respeita à localização e à língua”.

Ao Jornal das Oficinas, o Co-CEO explicou que a vinda para Portugal teve um motivo particular: o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Nessa altura, conta, “considerámos diferentes países para a deslocalização das nossas equipas. Queríamos proporcionar um local de trabalho seguro para todas as nossas equipas afetadas pela guerra, tanto para os colaboradores ucranianos como para os de outros países, como a Rússia e a Moldávia”. E se antes Portugal “já era uma possível localização”, depressa se tornou numa certeza, por várias razões: “segurança, potencial local de talentos, impostos, clima, custo de vida, oportunidades gerais para as pessoas e o nível de qualidade de vida”, indica Dmitry Zadorojnii. Além disso, o nosso país destacou-se, nas escolhas da Autodoc, com aspetos como “a elevada qualificação dos talentos ou a qualidade do ensino superior no país, bem como a mentalidade empreendedora dos portugueses”. Segundo o nosso entrevistado, Portugal é amplamente conhecido por ter imenso talento (tecnológico) e, naturalmente, por ser um destino atrativo para o talento global. Lisboa é atualmente uma das cidades mais desejadas para expatriados e startups tecnológicas. É uma cidade catalisadora e tem uma boa relação qualidade – custo de vida quando comparada com outras capitais europeias. Não podíamos estar mais satisfeitos com a nossa decisão”, comenta.

Para ler toda a entrevista clique aqui.

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