“Trabalhamos nichos onde temos um know how de muitos anos”, Jorge Costa Pinto, MF Pinto
Numa altura em que se tornou, mais do que nunca, necessário a afirmação e a persistência no negócio do aftermarket, a MF Pinto dá o passo que lhe faltava. Desde 2010 sediada na zona Industrial da Abrunheira, aproveitou a pandemia para aumentar os 900 m² que possuía para 2.000 m².
Medidas à parte, estas remodeladas instalações permitiram à empresa de Sintra, não só aumentar a capacidade de stock, como também dar melhores condições de trabalho aos seus 30 colaboradores. Jorge Costa Pinto, diretor geral, explicou o que mudou.
A MF PINTO inaugurou no passado dia 1 de agosto novas instalações na Abrunheira. Que mais valias vão trazer estas novas instalações para a empresa e para os seus clientes?
Aumentámos significativamente a nossa capacidade de stock e implementámos também novos processos de logística, sempre com o objetivo de melhor servir os nossos clientes.
Foi criada uma nova área técnica. Quais as funcionalidades e objetivos desta nova área e que tipo de serviço são prestados?
Na nova área técnica tratamos e processamos os pedidos de garantia e também fazemos toda a gestão dos cores. Com o equipamento de ponta que temos testamos turbos e bombas injetoras e injetores. Esta nova valência permite-nos tratar tudo mais rápido e dar as respostas aos clientes atempadamente.
Disponibilizam formação técnica para a reparação de turbocompressores? As oficinas procuram esta formação?
No que diz respeito aos Turbos temos capacidade para fornecer tudo o que um reparador precisa, formação, equipamentos e peças de reparação, sendo natural que muitas oficinas nos procurem com alguma regularidade.
Como se tem preparado a MF Pinto para as mudanças que estão a acontecer no aftermarket derivadas da pandemia Covid 19?
Temos naturalmente privilegiado os canais digitais, e temos várias aplicações digitais ainda em desenvolvimento.
Como está a MF Pinto a reagir à pandemia do Covid 19?
Estamos na expetativa mas certos que iremos ultrapassar com sucesso esta nova forma de viver e de fazer negócios.
O que mudou na atividade da MF Pinto com a pandemia?
Mudaram várias coisas, a nossa vida também mudou. A empresa adaptou-se a esta nova realidade, teletrabalho, horários alternados em equipa, menos trabalho de terreno, entre outras coisas.
Que boas práticas estão a ser implementadas pela MF Pinto para conseguir manter a atividade em segurança?
Seguimos escrupulosamente as diretivas da DGS, até agora sem casos de COVID 19 a registar felizmente.
Como é constituído o vosso portfólio de produtos? Quais as principias marcas que comercializam?
Temos 5 gamas de produtos diferentes: Injeção Diesel, Turbos, Alternadores e Motores arranque, Válvulas EGR e compressores de A/C. Ao contrário de muitas empresas não somos um fornecedor global, trabalhamos nichos onde temos um know how de muitos anos. Quanto às principais marcas destacaria a BORGWARNER TURBO SYSTEMS, MELETT, DTS, WAHLER, AVA e NRF.
E quais as marcas que comercializam em exclusivo?
As marcas que distribuímos em exclusivo em Portugal são a MELETT, DTS, DTS Electric, DTS Clima, STARDIESEL; FIRAD DIESEL.
A venda de peças para reparação dos turbocompressores, tem tido mais procura? É um mercado com tendência para crescer?
Sem dúvida, temos crescido sustentadamente nos últimos anos e prevemos que a tendência continue a ser essa, estamos bastante otimistas.
Como tem sido a evolução das vendas dos produtos recondicionados, designadamente turbocompressores, sistemas de injeção e alternadores?
Portugal sempre foi um mercado sensível ao fator preço e o produto recondicionado encaixa-se na perfeição, temos assistido a um aumento de procura desse tipo de produto nos últimos meses em detrimento do produto novo. O grande problema dos produtos recondicionados prende-se muitas vezes com a falta de qualidade da reconstrução.
Como tem sido o desempenho da vossa loja na Maia?
Nestes 3 anos de vida a loja da Maia tem tido uma prestação acima das nossas expectativas. Penso que a proximidade que criámos com os clientes da zona norte revelou-se uma aposta claramente ganha.
Qual o ponto de situação da vossa atividade exportadora? Quais os produtos que vendem para os mercados externos e em que países estão presentes?
Como sabe o nosso modelo de negócio é diferente da maioria das empresas nacionais do sector porque temos uma vocação exportadora que tem apresentado resultados muito animadores. O tipo de produtos que exportamos depende muito do mercado de destino e este ano só na exportação estamos a crescer 2 dígitos, o que para nós é muito importante. Neste momento exportamos para 22 países.