“Mais interconectividade e conforto para o condutor”

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Ter um perfil de utilizador associado a um carro deixou, há algum tempo, de pertencer ao âmbito da ficção científica

Os novos modelos da BMW já permitem uma experiência de condução ativada por telemóvel (em vez de chave ou cartão) e, inclusivamente, a diferenciação de perfis quando um mesmo veículo tem vários condutores, com preferências e expectativas de utilização específicas.

Andreia Mendes, responsável pelo projeto BMW iD da Critical TechWorks, a joint-venture portuguesa entre a Critical Software e o Grupo BMW, trabalhou nos novos modelos da BMW e explica a evolução que a personalização/customização está a imprimir no setor automóvel.

Como define o conceito de personalização/customização desenvolvido pela BMW iD para o setor automóvel?
Na perspetiva da BMW, todo o trabalho desenvolvido em termos de personalização visa uma experiência de condução cada vez mais envolvente. A criação de um perfil customizado, a que chamamos BMW iD, permite concentrar e guardar, com segurança, todas as configurações individuais que diferenciam a condução do veículo entre os seus utilizadores potenciais.

Estas configurações abarcam aspetos como a posição do volante, as luzes de ambiente, a estação de rádio preferida, a regulação da posição dos bancos e espelhos, entre outras, para que, mesmo quando o condutor muda de veículo da marca, o BMW iD as transfira entre carros.

Em suma, no momento em que o condutor se senta para arrancar, o BMW iD garante que tudo está pronto e ajustado às suas próprias configurações personalizadas.

Quais as vantagens para o condutor? O que traz de novo este projeto e qual tem sido a recetividade dos condutores a esta nova tecnologia?
A vantagem imediata para o condutor está na sofisticação crescente da sua experiência de utilizador, que advém de mais interconectividade e conforto.

A resposta tem sido muito positiva. Já quando lançámos as primeiras funcionalidades, na altura para o modelo BMW iNext, percebemos que foi muito importante investirmos na questão da experiência, através de características de personalização.

O desenvolvimento da tecnologia que compõe o iD teve por base opiniões e contributos recebidos dos próprios utilizadores, por isso, sabíamos que estávamos a avançar no sentido certo.

Quais são as grandes mudanças a nível de experiência de condução comparativamente com o modelo tradicional?
Logo à partida, a perceção que o condutor retira de usar um telemóvel para pôr o carro a trabalhar, em vez de uma chave ou cartão tradicionais.

A BMW foi, aliás, a primeira fabricante de automóveis do mundo, em parceria com a Apple, a integrar a possibilidade da chave digital, pelo que se reconhece o cuidado da marca na coerência com a realidade que nos envolve, e que é cada vez mais digital.

Outra alteração importante que implementámos em termos de personalização teve que ver com a explicação dos benefícios de utilização do perfil individual, que tem a vantagem de proteger a informação privada do utilizador, ao contrário do que acontece com um perfil guest, ou perfil ocasional.

Como vai evoluir a personalização/customização no setor automóvel? Estão previstos mais desenvolvimentos nesta área?
Personalizar o veículo através de uma app móvel é uma realidade que vai continuar a ganhar terreno, uma vez que as pessoas querem usufruir de tudo o que se pode oferecer “à volta” do carro – uma extensão, cada vez mais subtil.

Sabemos que, no futuro, as exigências do condutor vão continuar a ser o foco principal, embora o ambiente onde elas têm resposta vá continuar a ser trabalhado.