Como o calor afeta a eficácia da travagem

06 - Como o calor afeta a eficácia da travagem

Alguns dias antes do início da primeira operação de partida do Verão, a iniciativa “Escolha a qualidade, Escolha a Confiança” (ECEC), composta por cerca de vinte fabricantes de componentes automóveis filiados na Sernauto, adverte para a importância de efetuar uma manutenção adequada dos veículos antes de empreender longas viagens

Se a temperatura for alta, acima dos 30 ºC, a capacidade de refrigeração dos discos e pastilhas dos travões é reduzida proporcionalmente, algo que também acontece com o fluido dos travões, embora isto possa funcionar com mais alguns graus.

A este respeito, ECEC salienta que a dissipação de calor no Verão é mais difícil e os discos podem ficar deformados, tal como o fluido dos travões pode ferver, o que significa que os travões não funcionarão.

Assim, a altas temperaturas, os travões podem sobreaquecer devido à fricção contra o disco. “O resultado é uma travagem menos eficaz”, adverte a iniciativa, que sublinha “a importância vital de um bom sistema de travagem para a segurança do veículo e dos seus ocupantes”.

Neste sentido, se após a onda de calor ou durante as altas temperaturas que virão no Verão, notarmos sintomas tais como “ruídos ou vibrações ao travar, o pedal do travão afunda, é muito duro ou perde a capacidade de travagem, devemos mandar verificar o sistema de travagem o mais depressa possível”, recomendam.

Por seu lado, a Confederação Espanhola de Oficinas de Reparação Automóvel e Indústrias Afins (CETRAA) analisou, de acordo com a percepção das oficinas electromecânicas sobre o estado dos veículos que chegam às suas instalações, o estado dos componentes que são decisivos para o controlo dos veículos e, consequentemente, para a segurança rodoviária, com especial atenção aos três elementos do chamado “Triângulo de Segurança”: pneus, amortecedores e travões.

Quanto aos travões, o estudo revela que, no caso dos veículos com mais de 10 anos, o estado dos travões quando chegam à oficina está muito desgastado, na opinião de 76% dos inquiridos. No caso de veículos entre 6 e 10 anos de idade, os travões estão também muito gastos em 45% dos casos, segundo o estudo, com o consequente risco para a segurança de condução. Mesmo no caso de veículos entre 1 e 5 anos de idade, 24% dos inquiridos consideraram que o estado dos travões à chegada à oficina estava também muito desgastado.