Mercado Europeu de Automóveis Usados em reboliço

 

De acordo com o Observatório INDICATA, o mercado europeu de automóveis usados está em evolução. A nível europeu, em junho, a quota de mercado das vendas de usados a gasolina registou poucas alterações, situando-se em 42,9% e a do gasóleo em 41,35%. A quota de mercado de BEVs aumentou 7,2% em termos mensais para 3,57% e a dos híbridos usados aumentou 5%, atingindo um recorde de 12,19%

Em Portugal o mercado online de veículos usados B2C em junho de 2023 registou 61,13% das vendas de usados a gasóleo e apenas 27,26% de veículos usados a gasolina.

Em junho, a quota de mercado das vendas de automóveis usados a gasolina registou poucas alterações, situando-se em 42,9% e a do gasóleo em 41,35%.

A quota de mercado das vendas online de BEVs usados B2C aumentou 7,2% em termos mensais para 3,57%. Em junho de 2023, a quota de mercado das vendas de híbridos usados aumentou 5%, atingindo um recorde de 12,19%.

“Os automóveis usados a gasolina e gasóleo ainda representam 84,25% do mercado de automóveis usados online B2C, mas apenas 73,93% para automóveis com menos de quatro anos, já que o gasóleo cai para apenas 27,21%”, afirmou o Director Global do INDICATA, Andy Shields.

O índice de preços nos gráficos deste relatório baseou-se num conjunto consistente de veículos reindexados em relação a janeiro de 2022, o que conduziria a uma curva descendente típica dos preços médios ao longo do ano, impulsionada pelo ciclo de vida do produto. Com exceção da Turquia e da Suécia, os preços médios dos usados continuaram a descer em termos mensais até julho.

Os preços médios para a Turquia aumentaram 17,5 pontos percentuais, em termos mensais, o que significa que são agora 141,3pp mais elevados do que no início de 2022.

Na Suécia, os preços permaneceram estáveis entre junho e julho, mas em todos os mercados europeus de volante à esquerda, os preços médios caíram 0,5pp em termos mensais, e são agora 2,4pp mais baixos do que no início de 2022.

Os preços no Reino Unido caíram 0,8pp em termos mensais, deixando os preços médios 6,4pp mais baixos do que em janeiro de 2022.

Quota de mercado das vendas de híbridos usados aumenta 39,7% em termos homólogos
A queda dos preços dos híbridos e BEVs usados parece estar finalmente a estimular o mercado, com os automóveis híbridos usados a registarem um aumento de 39,7% da quota de mercado, representando 12,19% das vendas de junho.

Os BEVs usados tiveram um desempenho ainda melhor, com a sua quota de mercado a aumentar 45,1% em relação ao ano anterior, dando-lhe uma quota de 3,57% do mercado online B2C de usados, batendo ligeiramente a anterior quota mais elevada de 3,53% em março de 2022.

Apesar de os veículos usados a gasolina e a gasóleo terem perdido quota de mercado para os grupos motopropulsores alternativos, continuam a ser os mais populares, com uma quota de mercado combinada de 84,25%.

Mesmo excluindo os veículos comerciais, estes continuam a representar 83,33% do mercado de junho, mas o mix muda, com a quota de vendas de veículos usados a gasóleo a cair para 37,74% e a gasolina usada a aumentar a sua quota para 45,59%.

Os automóveis com até quatro anos de idade vendidos em junho, a queda da quota do gasóleo é ainda mais evidente, ocupando apenas 27,21% dos automóveis vendidos nessa faixa etária, contra 46,72% da gasolina. A quota do gasóleo está a cair tão rapidamente que os híbridos poderão substituí-lo como o segundo maior grupo motopropulsor por quota de mercado, em menos de doze meses.

Embora os elevados níveis de stock de BEVs continuem a ser um desafio para os retalhistas, estamos a assistir a alguma tração nas vendas de veículos BEVs usados. Embora representem apenas um pouco menos de quatro por cento do mercado de veículos usados, detêm uma quota de 5,93% da venda de automóveis com menos de quatro anos e uma quota de 8,77% do mercado de automóveis com até dois anos.

Ainda que a questão do impacto dos semicondutores esteja a abrandar, os registos táticos não voltaram a aumentar significativamente. As vendas de automóveis usados muito jovens, com menos de um ano, em junho foram apenas 2,86% superiores às do mês anterior e 1,77% superiores em termos homólogos.