A22, A23 e A24 mais baratas 30% já a partir de janeiro

10 - Autoestradas

O setor dos transportes tem estado na ordem do dia nas últimas semanas, desta vez, é pelos melhores motivos. O Governo anunciou, no passado dia 28 de setembro, que os veículos de classe 1 vão beneficiar de uma redução de 30% nas portagens em algumas ex-SCUT, nomeadamente a A22, A23 e A24, já no inicio do próximo ano

 Nem tudo são más notícias, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo que vem reduzir, já a partir de janeiro, as taxas de portagens em várias autoestradas do interior do país e no Algarve.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que procede à criação de um regime de redução no valor das taxas de portagens cobradas aos utilizadores nos lanços e sublanços das auto-estradas dos territórios do interior do país ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, lê-se num comunicado publicado na página oficial da Presidência da República.

Segundo Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, “Vamos ter uma redução de 30% face aos preços atuais em vias como a A22 (Via do Infante/Algarve), a A23 (Beira Interior), a A24 (Interior Norte), a A25 (Beiras Litoral e Alta), a A4 (Túnel do Marão), a A13 e A13-1 (Pinhal Interior)”.

Para além destas SCUT foram ainda incluídas nestes descontos, a A4, A13 e A13-1 que nunca foram SCUT mas que segundo a governante quiseram coloca-las “em pé de igualdade com outras vias porque quando foi aprovado o desconto de 50%, essas vias ainda não existiam, portanto não tinham até agora o mesmo tratamento que outras”, revelou.

Fonte do Ministério da Coesão Territorial referiu à LUSA que o desconto de 30% vai ser aplicado aos veículos ligeiros de passageiros por serem os mais utilizados pelas famílias portuguesas, as restantes classes, como veículos pesados de passageiros e de mercadorias, vão beneficiar de um desconto de 13% no período diurno, mantendo-se os valores atuais no período noturno.

Como o que é bom acaba depressa, Ana Abrunhosa referiu ainda que estes descontos se tratam de uma “medida de caráter excecional”, ou seja que o Governo não pretende alargar a outras vias, reafirmando que se trata de uma questão de “justiça territorial” porque, naqueles territórios “as pessoas muitas vezes não têm vias alternativas nem transportes públicos coletivos”.

Considerando os valores base de 2011, quando as ex-SCUT começaram a ser portajadas, a ministra indicou que estes descontos representam uma redução de 50% para 65%.

Esta medida representa uma despesa anual para o Estado de cerca de 72 milhões de euros.