“A entrada de distribuidores espanhóis muda o paradigma”, Luís Costa, Japopeças

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“O dinamismo marca o momento presente refletindo-se em três vetores: reconfiguração dos distribuidores por via da entrada de novos players a que se somam aquisições e fusões dos existentes; alargamento da oferta de bens e serviços; digitalização e melhoria de processos”, afirmou Luís Costa, Diretor Geral, da Japopeças

A incerteza mantém-se uma questão atual uma vez que saídos da pandemia, as consequências das guerras na Ucrânia e Israel, têm impacto e causam disrupções no mercado, nomeadamente o contexto inflacionário atual.

O envelhecimento do parque automóvel português é um fator relevante que pode sustentar a dimensão do setor e o seu potencial crescimento a curto/ médio prazo. Numa visão de longo prazo a leitura é diferente e tem que ter em linha de conta a representatividade de outra tipologia de veículos que não os de combustão, nomeadamente os elétricos, entre outros.

O fenómeno da iberização não sendo totalmente novo tem tido maior expressão recentemente. Pese o facto de globalmente muitos fabricantes olharem para o mercado como sendo ibérico faz muitos anos, ao nível da distribuição continuam a existir especificidades culturais e de modelo de negócio que tornam o mercado português e espanhol significativamente diferente.

Porventura é por estas razões que este fenómeno só agora está a ter expressão também na distribuição. Naturalmente a entrada de distribuidores espanhóis representa uma mudança de paradigma e acontece porque o nosso mercado é aberto, maduro e concorrencial.