Sernauto coordena iniciativa de sensibilização sobre a ECU
A Sernauto reuniu com cerca de vinte fabricantes do setor do aftermarket com o objetivo de sensibilizarem as oficinas multimarcas sobre a “ECU” enquanto “cérebro” na gestão do motor, entre outros temas importantes
Os sistemas de gestão de motores são componentes críticos nos veículos atuais, controlando e regulando uma variedade de funções relacionadas com a operação do motor para otimizar o desempenho, a eficiência e as emissões. Desde a injeção de combustível à ignição, bem como, ao controle de válvulas e transmissão. E o elemento que controla todos esses sistemas é a Unidade de Controle Electrónico (ECU).
“A ECU atua como o “cérebro” do sistema de gestão do motor, recolhem informações de vários sensores distribuídos por todo o veículo e usam essas informações para controlar e ajustar diferentes aspetos da operação do motor e ode outros sistemas relacionados”, explicaram durante o “Elige calidad, elige confianza” (ECEC), uma iniciativa que reuniu cerca de vinte fabricantes de componentes de topo ligados à Sernauto.
Estes sensores são vistos como essenciais para o correto funcionamento do sistema de gerenciamento do motor, na medida em que garantem a mistura de combustível e ar ideal para o seu correto funcionamento. Entre outros fatores, tais como: sistemas de combustível, que fornecem combustível do tanque para o motor para fazê-lo funcionar com uma maior eficiência; sensores para gerenciamento do motor, que auxiliam na redução do consumo de combustível e na redução da emissão de gases poluentes; sensores de instrumentação, que fornecem informações importantes para o funcionamento do veículo quanto à pressão, temperatura, rpm, velocidade ou nível de combustível; sensores de pressão dos pneus (TPMS), que informam sobre o enchimento correto das rodas, o que tem impacto na segurança e no consumo eficiente de combustível; sistemas de ventilação e sopro, que garantem uma lufada de ar fresco aos ocupantes do veículo e ao motor; sistemas de limpeza de para-brisas e faróis, que evitam quebras de pára-brisas por calor ou congelamento e sinalizam falta de água ou falhas elétricas.
Assim, a principal tarefa de um sistema de gestão do motor é a de coordenar e controlar parâmetros como ponto de ignição, quantidade de combustível injectado e temperatura e rotações do motor, entre outras questões.
A ECU recebe informações em tempo real de sensores que monitoram variáveis como temperatura do motor, velocidade do veículo, posição do acelerador, quantidade de oxigénio nos gases do escape, entre outras. Em seguida, processa esses dados usando algoritmos pré-programados para tomar decisões sobre a injeção de combustível, ponto de ignição, controle de emissões e outras funções.
Além disso, a ECU faz ajustes contínuos em resposta às mudanças nas condições de condução para otimizar o desempenho do motor, a eficiência de combustível e as emissões. “Isso garante que o motor tenha um desempenho ideal em diversas situações, desde a aceleração até a condução em velocidade constante”, destacou a ECEC.
Além de monitorar a operação do motor, a ECU também monitora constantemente o sistema em busca de possíveis problemas. “Se detetar um mau funcionamento, pode ativar uma luz de advertência no painel de instrumentos e armazenar códigos de diagnóstico de problemas (DTCs) que os técnicos podem usar para identificar e corrigir a causa subjacente do problema”, explicaram na iniciativa.
Em alguns casos, a ECU também pode ser programada ou reprogramada para acomodar modificações no motor ou em outros componentes do veículo. Isto pode incluir ajustes para melhorar o desempenho, a eficiência de combustível ou a resposta do motor.
Manutenção da ECU
Para manter a ECU do veículo em boas condições, a ECEC recomenda o uso de dispositivos de proteção contra surtos, como fusíveis e supressores de surtos, para proteger o sistema elétrico do carro, pois os surtos elétricos podem danificar a ECU e outros componentes electrónicos.
Da mesma forma, a iniciativa recomenda a realização de verificações periódicas no sistema elétrico do veículo para detetar e reparar qualquer problema que possa afetar a ECU. “Verifique o estado dos cabos, conectores e terminais e substitua quaisquer componentes desgastados ou corroídos conforme necessário”, alertaram.
Outra recomendação é manter a bateria em boas condições. “Uma bateria defeituosa ou descarregada pode causar problemas elétricos que afetam a ECU e outros componentes do veículo. É importante realizar testes regulares de bateria e substituí-las conforme necessário para evitar problemas de energia”, afirma ECEC.
Em alguns casos, os fabricantes de veículos também podem lançar atualizações de software para a ECU, com o objetivo de corrigir problemas operacionais ou melhorar o desempenho. “Vamos manter o nosso veículo atualizado com essas atualizações, fazendo visitas regulares às concessionárias ou utilizando ferramentas de diagnóstico atualizadas”, aconselhou a iniciativa, que, por fim, alerta para a importância de evitar manipulações não autorizadas: “A ECU contém programas e configurações específicas para o funcionamento do motor e outros sistemas do veículo. Assim, é fundamental evitar manipulações não autorizadas, como reprogramá-lo sem os equipamentos adequados ou fazer ligações elétricas incorretas, pois isso pode causar danos irreparáveis”, concluíram.
A iniciativa contou com a presença da ATE, BOSCH, BREMBO, CONTINENTAL, DAYCO, GATES, HELLA, KYB, MAGNETI MARELLI, MANN-FILTER, NTN-SNR, OSRAM, PHILIPS, SCHAEFFLER, TUDOR, VALEO e VARTA. O objetivo principal residiu na importância da sensibilização das oficinas multimarcas, nas quais as marcas de fabricantes oferecem não só a sua gama de produtos para automóveis, como também, a formação e o apoio técnico permanente.
Esta iniciativa foi coordenada pela Sernauto, Associação Espanhola de Fornecedores Automóvel.