Sabia que os rácios de gestão acrescentam valor aos negócios?

02 - tecnicagestao

Os rácios de gestão, ou indicadores chave KPI (Key Performance Indicator), são ferramentas de grande utilidade para medir da forma mais eficaz e, assim, melhor gerir os negócios. Os fundamentais no setor do pós-venda radicam nos materiais e na mão de obra e é interessante saber como estes números se podem traduzir em mais eficiência e receitas.

Dispor de demasiada informação, por vezes, pode tornar-se num problema. E nem sempre medir mais é sinónimo de gerir melhor. Trabalhar com rácios não é uma fórmula única e válida para todos. Oficinas diferentes precisam de indicadores distintos, em função dos seus mercados e modelos de negócio.

Na gestão do dia a dia, temos de focar-nos em determinadas medições e informações, bem como comprometermo-nos a atuar sobre elas quando os resultados não forem os pretendidos. Medir por medir gera ruído, consome energia e evita o enfoque naquilo que é importante.

Analisemos, pois, os principais passos, para compreender como estes números se podem traduzir numa otimização das receitas e numa melhoria da competitividade. O objetivo final consiste em que nos ajudem verdadeiramente a otimizar os nossos negócios.

Que processos se devem medir?

É primordial ter claros os processos a analisar para os organizar e classificar, estabelecendo, em seguida, os objetivos a curto e longo prazos. A este respeito, podemos ter indicadores económicos (receitas, despesas, lucros), financeiros (rentabilidade, liquidez), de produção (produtividade, eficiência, materiais usados), de qualidade (percentagem de defeitos, nível de qualidade, interrupções forçadas) e de cliente (satisfação, número de reclamações, novos clientes), entre outros.

Muitas vezes, caso se adotem KPI de outros negócios, estes não funcionam com a mesma eficiência no nosso. Por isso, é fundamental uma visão objetiva, avaliando imparcialmente o estado atual da empresa. Uma visão externa (consultor) permitirá determinar que KPI serão úteis em cada organização.

Antes de desperdiçar tempo a avaliar o que medir, há que ponderar sobre o facto de se poder atuar sobre isso. Por exemplo, rácios como “vendas por metro quadrado” ou “vendas por funcionário” não permitem intervenção. Apenas poderíamos aumentar as vendas, reduzir os funcionários ou diminuir os metros quadrados. Sem que estes rácios deixem de ser relevantes, talvez não sejam os melhores indicadores no dia a dia.

Para avaliar os resultados de um indicador, devemos poder compará-lo com um valor pré-estabelecido de referência, geralmente os existentes que são padrão no mercado. Comparar os nossos KPI com as referências do setor irá forçar-nos a analisar onde estamos e onde deveríamos estar, em relação às melhores oficinas e mais eficientes. Temos de saber quais são as ditas referências.

Não perca o artigo completo na edição de fevereiro de 2020 do Jornal das Oficinas.