“O futuro é hoje e a adaptação tem de ser constante!”, Alidata

02 - FernandoAmaral

Alidata, a mais antiga software house vocacionada para a gestão oficinal, comemorou 40 anos e registou o seu melhor ano de sempre. São quatro décadas dedicadas ao desenvolvimento de soluções de gestão para as oficinas automóveis. Em entrevista ao JO, Fernando Amaral, CEO da Alidata, recorda o percurso da empresa e revela a sua visão sobre o futuro do pós-venda em Portugal

A Alidata, ao longo destes 40 anos, construiu um património e reputação singulares no panorama tecnológico nacional, particularmente em consultoria e desenvolvimento de soluções tecnológicas para os setores oficinal e aftermarket automóvel. Quando e empresa foi adquirida e integrada no Sendys Group, Fernando Amaral reestruturou as operações e potenciou ao máximo o know-how e as soluções que a Alidata, já na altura, oferecia ao mercado. O passo seguinte foi a internacionalização. Hoje, tem escritórios em Angola, Moçambique e Cabo Verde, e soluções implementadas em mais de cem países dos cinco continentes. Depois da reorganização e internacionalização, passou ao desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor oficinal, como a Receção Ativa, Portal da Oficina ou o recentemente lançado WebOficinas.

Que balanço faz dos 40 anos da Alidata?
É um balanço muito positivo, que reflete a confiança dos nossos clientes, a segurança das nossas soluções, o empenho dos nossos colaboradores e a visão da nossa equipa de gestão. São quatro décadas a antecipar tendências e necessidades dos nossos milhares de clientes. Marco que muito nos orgulha, mas ainda mais responsabilidade e motivação nos dá para continuar a trilhar este caminho de sucesso. Acredito que as transformações que operámos desde 2011, e que vão continuar, preparam a empresa Alidata para outras quatro décadas.

Quantos colaboradores tem a empresa?
No Sendys Group, somos cerca de 150 pessoas. Falo deste número, porque temos uma política de recursos humanos assente na partilha de talento em função das exigências de cada projeto. Como empresa leiriense de referência, é aqui que fazemos questão de manter o centro das operações, sendo que temos escritórios e Lisboa, Angola, Moçambique, Cabo Verde e também na Sertã, onde criámos um polo dedicado à investigação e desenvolvimento das soluções mais inovadoras a implementar no software dos mais de 5 mil clientes Alidata.

Que produtos e serviços dispõem para o mercado oficinal?
Para além do ERP que permite gerir qualquer empresa e, portanto, também uma rede de oficinas, a Alidata é amplamente reconhecida pelo software de gestão oficinal e de aftermarket automóvel. Assim, nesta vertical de mercado, disponibilizamos o Gestão de Oficinas, solução integrada que permite efetuar a gestão de todo o ambiente oficinal, nomeadamente serviços, marcações, obras, orçamentos, tempos de empregados, materiais, garantias, custos por obra, diversos históricos, entre outras funcionalidades. Disponível para ambiente multi-oficinal, em diferentes secções e/ou oficinas, para uma melhor perceção e cruzamento da informação. A Receção Ativa, que reinventou o processo de receção de veículos na oficina, usando a mais recente tecnologia em comunicações móveis, com uma experiência diferenciadora e de qualidade ao cliente.

Focado no cliente final, temos o Portal da Oficina, onde 24 horas por dia, 7 dias por semana, o cliente pode aceder através do seu computador, tablet ou smartphone, e efetuar a marcação de um serviço, consultar intervenções, histórico, alertas de manutenções preventivas, a sua conta corrente, entre muitas outras funcionalidades e benefícios. Permite ainda obter e transmitir informações para o atendimento eficiente e transparente ao cliente. É uma ferramenta de grande utilidade para clientes que valorizam a transparência e celeridade na comunicação com a oficina, e que procuram um serviço prestado com qualidade e confiança. Os Interfaces de comunicação com catálogos eletrónicos, como Eurotax, TecDoc, Autodata ou GT Motive, são uma mais valia para quem utiliza as nossas soluções de gestão oficinal.

A transformação digital está a ter um forte impacto na indústria automóvel em geral e no pós-venda em particular. Como devem as oficinas lidar com este desafio da transformação digital?
Há algo que é fundamental: atualização permanente. Os mais críticos são software e recursos humanos. Depois, é manter a empresa na liderança do state-of-the-art e acompanhar as exigências e desafios do mercado. Estamos a mudar de paradigma, com os automóveis elétricos a crescerem em quota de mercado, mas não é certo que esta seja a solução final. Muito poderíamos elaborar sobre o tema, contudo, o futuro é hoje e a adaptação tem de ser constante. Dos mecânicos, como conhecíamos, estamos a passar para técnicos de mecatrónica auto, pelo que investimento em formação e tecnologia são fundamentais para as empresas vingarem.

Quais são as ferramentas que garantem um mix adequado para digitalizar uma oficina automóvel?

Saiba a resposta e a outras questões, como: “Quais as mais valias da digitalização para as oficinas auto?” e “Que análise faz sobre o momento atual do mercado pós-venda em Portugal e as perspetivas para o futuro?”, na edição impressa ou digital do Jornal das Oficinas nº 220, aqui.