“A Autoflex assume-se como um fornecedor global para as oficinas de colisão”, Manuel Alves da Silva, Autoflex

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A Autoflex dedica-se ao comércio de tintas e produtos químicos há mais de 36 anos e irá continuar a “apostar” fortemente no seu mercado tradicional (repintura automóvel) mantendo um alto nível de exigência na “qualidade/preço” do seu portfólio de produtos e nos vários serviços de apoio que têm sido sempre devidamente reconhecidos pelos seus Clientes.

Manuel Silva apresenta-se otimista e de olhos bem postos no futuro. A comercialização de produtos para a repintura automóvel tem constituído um enorme desafio para todos os envolvidos nesta atividade. Com a frequente evolução tecnológica dos produtos e sistemas de pintura que implicam técnicas de aplicação muito específicas para obter a desejável rentabilidade dessas novas soluções, aliado ao contínuo desenvolvimento de novas e sofisticadas cores e substratos nas novas viaturas, transformou esta atividade num desafio permanente, com necessidade de formação contínua a todos os envolvidos e obrigatoriedade de alterações estratégicas sempre que as mudanças no mercado assim o exijam.

Como caracteriza a oferta de produtos que a Autoflex comercializa atualmente para o setor da repintura automóvel?
Hoje, e como sempre foi política do grupo, a Autoflex dispõe de uma ampla “oferta” de produtos que respondem na íntegra às necessidades das oficinas de repintura automóvel. Com marcas próprias ou através das marcas dos nossos “parceiros de negócios” (nacionais e/ou internacionais) onde o fator “qualidade/preço” está sempre presente, aliado à componente do “serviço” comercial, logístico e técnico, a Autoflex assume-se como um fornecedor/parceiro global para as oficinas de colisão em tudo o que se relaciona com a secção da repintura automóvel.

Têm promovido ações de formação no vosso Centro de Treinos?
O ano de 2020, pelas razões sobejamente conhecidas por todos, tem sido um ano totalmente atípico a todos os níveis. Como “parceiros” dos nossos clientes, apostamos desde sempre em contribuir para a eficácia e produtividade das suas secções de pintura, disponibilizando os produtos mais adequados e formação técnica aos profissionais no sentido de obterem o máximo proveito e rendimento desses produtos e das respetivas metodologias de trabalho. Esta aposta tem sido materializada através da implementação de ações específicas, no Centro de Formação da Autoflex em Fiães, no Centro de Formação Spies Hecker em Mem Martins ou através do acompanhamento por assistentes técnicos especializados em ações concretas realizadas na própria oficina do Cliente.

Estas ações, embora com módulos específicos sobre as várias vertentes que envolvem esta atividade profissional, são sempre ajustadas em função das necessidades e/ou dificuldades manifestadas pelos Clientes envolvidos e abrangem temas vastos, tais como:

– Apresentação e aplicação de novos produtos e sistemas.

– Aperfeiçoamento de técnicas de aplicação em função das características específicas dos produtos e sistemas.

– A problemática da “cor” – forma de abordagem e de resolução das várias dificuldades que este tema sempre apresenta aos Profissionais.

– Digitalização – espectrofotómetro e sistema adequado da Spies Hecker (PHOENIX), complementado com formação adequada para o seu efetivo desenvolvimento na oficina.

– Equipamentos oficinais, acessórios e “consumíveis”

– Outros temas que se revelem de importância para os objetivos pretendidos.

Como está a Autoflex a reagir à pandemia do Covid 19?
Estando a atividade profissional da Autoflex muito concentrada no mercado da reparação automóvel, o impacto provocado por esta pandemia, neste mercado em particular e na nossa organização foi naturalmente profunda, com especial incidência nos meses de abril a junho. Embora sentindo óbvias quebras de vendas, a Autoflex sendo uma empresa consolidada no tecido empresarial português, com elevada capacidade de adaptação e atenta às necessidades do mercado, rapidamente reagiu às adversidades ajustando as atividades dos seus recursos humanos para minimizar os riscos de contágios e “desviando” alguns meios e energias no aprofundamento de outros mercados menos afetados por esta crise sanitária.

Que boas práticas estão a ser implementadas pela Autoflex para conseguir manter a atividade em segurança?
A segurança de toda a equipa interna e de “terreno” e dos nossos Clientes e Fornecedores é absolutamente vital para a Autoflex.

Com esse grande objetivo sempre presente, foi implementado um vasto conjunto de medidas totalmente integradas nas diretivas e orientações das Entidades Oficiais (DGS e Governo), nomeadamente no uso de equipamentos de proteção individual, recurso sempre que possível ao “tele-trabalho”, prioridade no recurso a reuniões pela via digital, instalação de meios de desinfeção em todos os locais da empresa (sede e lojas) para a sua utilização frequente, limpeza e desinfeção dos vários espaços várias vezes ao dia, cumprimento da “distância de segurança” entre todos os Colaboradores nos seus gabinetes de trabalho e nas reuniões internas presenciais, colocação de sinalização adequada em locais estratégicos. Naturalmente que a implementação e cumprimento obrigatório destas medidas resulta em maiores custos envolvidos e em menor tempo útil disponível de trabalho de cada elemento da equipa, mas para a Autoflex a saúde e a segurança de todos os envolvidos é a principal prioridade.

Qual tem sido o desempenho das vossas marcas próprias caarQ e Kensay? Está dentro das expectativas?
Após um crescimento “sustentado” e dentro das nossas expectativas até final do ano de 2019, com a situação criada em 2020, as vendas destas nossas marcas próprias refletem a quebra natural que o mercado RA está a viver.

Quais os principais investimentos realizados?
Recentemente inauguramos um novo espaço comercial em Aveiro, mais amplo, com uma grande facilidade de estacionamento e com uma imagem renovada, quando comparada com o nosso anterior espaço comercial que se encontrava localizado no centro da cidade. Por razões que se prendem com as regras COVID, não nos foi possível realizar uma adequada inauguração e apresentação aos nossos Clientes.

Também no final de 2019, e numa perspetiva de consolidação do Grupo Autoflex no mercado nacional RA, reforçamos e alargamos a nossa intervenção neste mercado através da aquisição de uma posição relevante no capital social da Sodicor, empresa que há muitos anos opera na zona centro, zona do oeste e ilha da Madeira.

Como a Autoflex se está a preparar para o previsível decréscimo do mercado da repintura. Consideram diversificar o vosso negócio para outras áreas?
A Autoflex irá continuar a “apostar” fortemente no seu mercado tradicional (repintura automóvel) mantendo um alto nível de exigência na “qualidade/preço” do seu portefólio de produtos e nos vários serviços de apoio que têm sido sempre devidamente reconhecidos pelos nossos Clientes e, tal como já o temos vindo a implementar, dirigir novos meios e energias de forma a potenciar e aprofundar a nossa participação em “nichos de mercados” para os quais, até há pouco tempo, estávamos menos vocacionados.

Que desafios se vão colocar ao futuro da comercialização de produtos de repintura em Portugal?
A comercialização de produtos para a repintura automóvel tem constituído um enorme desafio para todos os envolvidos nesta atividade.  Com a frequente evolução tecnológica dos produtos e sistemas de pintura que implicam técnicas de aplicação muito específicas para obter a desejável rentabilidade dessas novas soluções, aliado ao contínuo desenvolvimento de novas e sofisticadas cores e substratos nas novas viaturas, transformou esta atividade num desafio permanente, com necessidade de formação contínua a todos os envolvidos e obrigatoriedade de alterações estratégicas sempre que as mudanças no mercado assim o exigem.  Tem sido assim ao longo dos últimos anos, com particular incidência após a introdução de legislação mais exigente nomeadamente ao nível dos VOC´s e seguramente irá continuar a ser no futuro próximo e de médio/longo prazo.