“A palavra e a honra são muito importantes, o resto é acessório!”, António Gonçalves, GonçalTeam

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Fundada em julho de 2005, a GonçalTeam é um distribuidor de equipamentos oficinais que tem como marcas-bandeira a HPA/FAIP e a Launch, entre outras, que distribui em exclusivo para Portugal. Desde o seu início, a empresa tem tido um crescimento sustentado e o diretor-geral, António Gonçalves, olha para o futuro com enormes expetativas, muito graças à posição sólida que esta já conquistou no mercado

A GonçalTeam tem sede na zona industrial do Casal do Marco, na margem sul do rio Tejo, e pauta-se, desde sempre, pelo rigor que aplica em tudo aquilo que faz. No próximo ano celebra a marca redonda do 20.º aniversário e é pleno de satisfação que António Gonçalves, o fundador da casa, nos recorda o percurso que colocou a empresa num lugar de destaque na distribuição de equipamentos a nível nacional. “Eu já vinha de outra empresa do setor, que era líder de mercado na época, mas houve determinadas circunstâncias que me fizeram apresentar a demissão, porque queria enveredar por outro caminho. E acabo por estar aqui nesta área, não vou dizer por engano, mas quase!”, diz-nos, o diretor-geral, continuando a história. “Eu tinha outra empresa, que não tinha nada a ver com este ramo, era um escritório de contabilidade, no centro de Lisboa, há muitos anos. Mas alguns ex-colegas dessa empresa estavam sempre a pressionar-me para abrir uma nova empresa. Continuavam a chamar-me chefe, tinha até alguns clientes a ligar a pedir material e, na verdade, as circunstâncias quase me obrigaram a montar uma empresa. E assim começou… «vou investir cinco mil euros, pensei, e deixa ver como resulta». E quase 20 anos depois, ainda aqui andamos”, conta, com visível agrado.

Assim nasceu a GonçalTeam, que teve a primeira sede, durante seis meses, na moradia do próprio António Gonçalves, passando depois para um armazém alugado por algum tempo. “E rapidamente comprei este armazém e, pelo meio, comprámos outro no Porto, que, entretanto, vendemos. Esta foi a nossa terceira localização e atualmente estamos a fazer obras de ampliação, porque o espaço já não é suficiente, tenho coisas na rua sem necessidade, precisamos de um espaço maior!”, explica o diretor-geral que tem como objetivo adicionar 350 m2 ao espaço já existente, totalizando cerca de 900 m2 de área coberta. Segundo o responsável – que espera poder abrir as instalações já remodeladas no final de outubro – a ideia agora será “privilegiar a Academia GTeam, com formação e workshops, uma vez que com a questão do diagnóstico, já a fazemos. E temos sempre temas muito concisos. A questão do ADAS, do Pass Thru, os Security Gateways, o ar condicionado, fazemos muito esse tipo de formações. Já o alinhamento e o equilíbrio de rodas fazemos há 10/15 anos”, enumera, adiantando que, até ao momento, “o espaço não era muito prático, porque estávamos a utilizar parte do armazém para esse tipo de tarefas”.

Manter parcerias
O portfólio da GonçalTeam tem-se mantido estável durante estes quase vinte anos. As parcerias com as marcas que representam são já de longa data, com um destaque especial para a Launch, que é uma das bandeiras da casa e que, apesar de ser mais recente, tem evoluído de forma muito positiva. “Continuamos com as mesmas marcas e fornecedores há praticamente 15/20 anos. Nos últimos seis/sete anos angariámos a Launch. No início não foi em exclusividade, mas agora já é e estamos, até, numa terceira fase com eles. Primeiro marcámos a nossa posição, depois a segunda fase foi para aprender a trabalhar a marca, porque queremos fazer as coisas sem pressa. E agora estamos na fase de passar o nosso conhecimento para a distribuição. Ou seja, nós não queremos a venda direta no país inteiro, estamos à procura de distribuidores”, declara António Gonçalves, anunciando a intenção de “fazer uma campanha de publicidade nas revistas para passar a essa informação, porque, na realidade, só agora é que temos as condições para passar o conhecimento, para que as pessoas se sintam seguras a vender diagnósticos”.

Havendo “muitas histórias à volta do diagnóstico”, o diretor-geral da GonçalTeam admite que não gosta “de dizer uma coisa que depois não seja verdade ou que não seja realmente aquilo que acontece. Nós já percebemos que quanto melhor explicamos os equipamentos e suas lizmitações, mais fácil é para o cliente entender o que tem de fazer, sem grandes truques, sem grandes histórias. É simples: este equipamento, custa X, mas está limitado nestes aspetos e aquele custa Y, mas tem estas possibilidades todas”. Algo que, a seu ver, “obriga a ter conhecimento” e fez com que as marcas tomassem, naturalmente, “conta da sua posição na empresa, ou seja, o próprio mercado é que faz com que elas sejam mais ou menos valorizadas. Neste momento temos um equilíbrio entre a HPA/FAIP, do grupo Nexion, que continua a valer bastante, e a Launch. Costumo dividir a Launch em diagnósticos e equipamentos, que são quase equivalentes aos FAIP, pois o mercado recebeu muito bem a marca”, explica.

Apoio pós-venda
Sobre os serviços de apoio disponibilizados pela empresa, com a marca Launch, António Gonçalves refere a existência de uma “base ibérica, com 18 a 20 engenheiros. Ao vender o equipamento disponibilizamos a possibilidade de o nosso cliente fazer um contrato de apoio. A outra vertente, que é nossa, é a disponibilidade de, mediante marcação ou às vezes a pedido do cliente, fazer o serviço de pós-venda de apoio a casos concretos. E depois temos ainda a questão das formações e dos workshops. O cliente, quando compra uma máquina nossa, fica ligado a nós, nos respondemos a tudo e, até ao momento, temos tido um feedback bastante positivo de toda esta forma de trabalhar,” salienta. Sobre os equipamentos ADAS, António Gonçalves explica que “já começamos a ter contactos nesse âmbito, principalmente com os camiões. Havia situações em que tínhamos vendido o Automatic Cruise Control, que é uma espécie de um ADAS e, agora nesta fase, já fizemos algumas vendas para escolas de formação, mas para o cliente final ainda não há procura forte. Mas é uma coisa que quando explodir, vai haver necessidade”, assegura.

Novo espaço para os elétricos

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