“A reconstrução de caixas automáticas foi uma decisão inevitável!”, Sparkes
A Sparkes, referência no setor da reconstrução de caixas de velocidades em Portugal desde 1990, é especializada em caixas manuais e, mais recentemente, alargou os seus serviços para as automáticas
Localizada em Santo Tirso, a empresa tem um vasto stock de peças novas, rolamentos e mais de 1.000 caixas de velocidades em stock, garantindo um controlo total sobre a qualidade do serviço prestado. Segundo o diretor-geral Diamantino Costa, a decisão de incluir caixas automáticas nos serviços da Sparkes é uma resposta às novas exigências do mercado e uma estratégia para garantir um crescimento sustentado. “Temos de nos adaptar aos tempos e às novas tecnologias. Sempre trabalhámos apenas com caixas manuais, mas o mercado tem vindo a mudar e as caixas automáticas, especialmente as de dupla embraiagem, são cada vez mais comuns”, explicou Diamantino Costa. Com esta nova aposta, a Sparkes procura acompanhar a evolução do setor e captar novos clientes. “Se olharmos para a nossa empresa há vinte anos, percebemos que, se tivéssemos ficado apenas com as caixas manuais, hoje estaríamos num mercado muito mais pequeno”, sublinhou.
Como funciona o novo serviço?
A introdução do serviço de reconstrução de caixas automáticas na Sparkes segue um processo rigoroso e bem definido, mantendo o mesmo nível de exigência que a empresa já aplica às caixas manuais. Um dos pontos essenciais do processo é a obrigatoriedade da entrega da caixa velha no momento da aquisição da caixa reconstruída. “Mesmo que a caixa esteja completamente partida e vá diretamente para a sucata, é sempre necessário entregá-la”, afirmou. “Além de ser uma exigência técnica, também é uma questão de responsabilidade ambiental. Não faz sentido as pessoas ficarem com uma caixa que já não lhes serve para nada”, acrescentou.
A diferença entre uma caixa usada e uma caixa reconstruída é significativa. “Numa reconstruída, todas as peças de desgaste são substituídas e, em muitos casos, também substituímos peças que, mesmo não sendo de desgaste, costumam dar problemas. Por isso conseguimos dar uma garantia de três anos aos clientes particulares e de um ano aos profissionais — mais do que a própria lei exige”, referiu. Já uma caixa usada pode apresentar falhas desde o início, e muitas vezes, acabam por ter o mesmo problema que levou à substituição da anterior. Em termos de tempo, o processo também é eficiente. “Normalmente recebemos a caixa num dia e conseguimos tê-la pronta no dia seguinte. Com o transporte, o prazo estende-se para três ou quatro dias, dependendo da zona do país”, relatou. Dentro da oficina, o tempo médio de reconstrução varia entre quatro a cinco horas por caixa. “A nossa equipa tem muitos anos de experiência, por isso o normal é conseguirem fazer três caixas em dois dias”, contou.
Investimento na Equipa
Para garantir o sucesso desta nova fase, a Sparkes tem apostado fortemente na formação da equipa. “Investimos milhares de euros em novas máquinas e na formação dos nossos colaboradores. Queremos que a equipa tenha o melhor conhecimento técnico possível”, frisou. Além do investimento técnico, a empresa também valoriza o bom ambiente de trabalho. “Temos uma equipa unida e motivada. Acreditamos que um bom ambiente se reflete na qualidade do serviço e na satisfação dos nossos clientes”, enfatizou. A estabilidade ao nível dos recursos humanos é outro dos pilares da empresa. “O último colaborador que entrou na Sparkes foi há 13 anos. Desde então, mantemo-nos com os mesmos elementos. É uma excelente equipa”, revelou. A maioria dos trabalhadores é da zona de Santo Tirso, o que facilita a proximidade e o espírito de entreajuda.
Confiança e proximidade com a FUCHS
Todas as caixas reconstruídas pela Sparkes são fornecidas com a quantidade exata de óleo recomendada, recorrendo exclusivamente a lubrificantes da marca FUCHS. Esta parceria surgiu da necessidade de encontrar uma solução prática e de confiança. “Usávamos anteriormente um óleo importado de Inglaterra, que nos causava vários constrangimentos logísticos e custos acrescidos com impostos sobre produtos petrolíferos”, partilhou. A FUCHS revelou-se a escolha ideal, não só pela qualidade reconhecida dos seus produtos, como também pela proximidade geográfica e apoio técnico. “São nossos vizinhos e parceiros técnicos. A FUCHS é uma das poucas marcas de óleos com laboratório em Portugal, o que nos dá uma grande vantagem. Sempre que precisamos de apoio, estão disponíveis”, indicou. Segundo o diretor-geral, esta parceria tem corrido “muito bem”, permitindo cobrir praticamente toda a gama de caixas com confiança e eficiência.
Presença em Feiras
A participação em feiras do setor é uma peça-chave na estratégia de crescimento da Sparkes. A empresa voltou a marcar presença na Motortec 2025, com o objetivo de reforçar a visibilidade da marca, consolidar relações com clientes e conquistar novos mercados.
“As feiras são momentos especiais para nós. Como não temos vendedores na rua, o que vendemos resulta de recomendações e do passa-a-palavra. Em feiras como a expoMECÂNICA e a Motortec conseguimos apresentar os nossos produtos e conhecer pessoalmente muitos dos nossos clientes”, confidenciou. Além disso, a Motortec representa uma aposta estratégica na internacionalização. “Queremos crescer no mercado espanhol, que já é o nosso principal destino de caixas de velocidades. Estar na Motortec é essencial para reforçar essa presença”, salientou.
Crescimento sólido
A Sparkes tem vindo a registar um crescimento sólido e consistente, com resultados bastante positivos. Em 2024 a empresa cresceu cerca de 20% e, para 2025… saiba o que a empresa ambiciona na edição impressa ou online do Jornal das Oficinas nº222, aqui.