Big Data: Centrado nos dados!
O atual modelo de negócio clássico “Centrado no Cliente”, vai mudar para se tornar “Centrado nos dados”, criando valor acrescentado à experiência do consumidor, mas também ao fornecedor de serviços, a oficina. Esta mudança de acesso ao veículo, ao cliente e à utilização dos dados gerados pelo veículo é uma evolução que conduzirá a uma revolução no pós-venda
A chegada do automóvel elétrico, conectado e autónomo consolidará uma mudança sem precedentes no pós-venda automóvel. Uma transformação desencadeada primordialmente pelo Big Data, um termo que se refere ao processamento e análise de conjuntos de dados extremamente grandes e com- plexos que excedem a capacidade de processamento dos sistemas tradicionais de gestão de dados.
A questão-chave será a capacidade de aceder ao veículo, assim como aos respetivos dados, para a oficina oferecer os seus serviços quando o veículo necessitar de manutenção e isso será provavelmente uma questão legislativa, uma vez que os fabricantes de veículos tentam utilizar a sua vantagem tecnológica para dominar e controlar o negócio de reparação e manutenção, no futuro.
Cabe à oficina lutar não só pelo seu “direito de fazer negócios”, como também pela sua capacidade de fazer evoluir os seus modelos de negócio atuais para os do futuro. Para lidar com o Big Data, muitas organizações utilizam tecnologias especializadas, como sistemas de armazenamento distribuído, processamento paralelo, algoritmos de machine learning e ferramentas de análise de dados. O objetivo é transformar esses grandes conjuntos de dados em informações significativas que possam ser utilizadas para melhorar processos, identificar padrões, realizar previsões e obter insights valiosos.
Big Data e os Automóveis Conectados
Um automóvel conectado gera milhares de megabytes por hora com os dados sobre a viagem, o estado de trânsito, o tempo, o diagnóstico dos seus componentes, etc. Todos esses dados são enviados à cloud e usados para realizar as previsões do trânsito, as alternativas de rotas, a segurança de ocupantes, os serviços de manutenção e muito mais. Serão capazes de se comunicarem com os chamados IoT (Internet das Coisas) das cidades, as estradas e, tudo isso, a gerar ininterruptamente enormes quantidades de dados.
As quantidades massivas de dados e informações que vão ser recolhidas vão beneficiar, entre outras aplicações, a proatividade na notificação de manutenções, a melhoria no desenvolvimento dos produtos ou a criação de um marketing feito à medida. Por outro lado, com o surgimento dos novos modelos de veículos elétricos, a tendência será que os automóveis requeiram menos manutenção e menos visitas à oficina uma vez que deverão ser mais eficientes.
Na verdade, em determinadas situações o veículo poderá ser reparado remotamente através da atualização do seu software. Noutros casos, a ida à oficina limitar-se-á à substituição rápida de um componente danificado e à posterior recuperação do mesmo. A tecnologia terá um claro impacto nas ferramentas e no funcionamento das oficinas. Visto que o cidadão se torna cada vez mais digital, os negócios deverão adaptar-se à era digital incorporando novos elementos tecnológicos para criar experiências diferenciadoras utilizando elementos que nunca antes haviam utilizado.
Mas não só! Com todas estas evoluções torna-se necessário estar claro do que é afinal um Automóvel Conectado com Soluções IOT? Saiba a resposta no artigo completo do Jornal das Oficinas Nº215 de fevereiro/março.