CLEPA diz que UE irá produzir menos 500 mil VE do que o previsto
A publicação mensal da CLEPA – Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel, revelou que afinal a produção de VE – Veículos Elétricos previsto para este ano irá ser inferior ao esperado. Embora as projeções sejam de que os veículos elétricos representem mais de 50% dos veículos produzidos até ao final desta década, os veículos com motor de combustão ainda vão representar dois terços da frota
Nesta nova edição mensal da CLEPA – Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel, foram destacas as novas exigências para uma mobilidade mais verde. Um dos principais temas encontra-se relacionado com os volumes globais de produção de veículos elétricos que se encontra abaixo das expetativas.
Em 2024, os países da União Europeia preveem fabricar coletivamente 2,6 milhões de veículos elétricos a bateria – um aumento de 35% em relação ao ano anterior. As últimas previsões da GlobalData indicam que mais de 25% dos veículos produzidos em 2024 serão elétricos ou híbridos plug-in. Apesar deste crescimento, ainda se encontra aquém das estimativas feitas inicialmente. As projeções iniciais em 2021 previam que UE fosse produzir mais de três milhões de veículos elétricos, sublinhando o desafio contínuo da indústria para recuperar da pandemia de COVID-19.
“Embora o aumento de cerca de 35% no número de VE produzidos seja uma previsão positiva para 2024, é importante observar que estamos a 500 mil veículos abaixo das projeções de há dois anos. A tecnologia dos veículos elétricos está a evoluir rapidamente, mas atualmente não tem tido o acompanhamento e o investimento suficiente na cadeia de abastecimento de baterias da UE e nas condições facilitadoras necessárias”, afirmou Nils Poel, Chefe dos Assuntos de Mercado da CLEPA.
A acessibilidade dos veículos elétricos depende da inovação das baterias na UE
As matérias-primas irão representar mais de 50% dos custos totais das baterias, introduzindo alguma incerteza e volatilidade devido aos potenciais problemas na cadeia de abastecimento e à forte dependência da Europa das importações provenientes da China.
Apesar destes desafios, os analistas de mercado esperam uma diminuição entre 10% a 20% nos preços das baterias em 2024, comparativamente a 2023. Um estudo recente da PwC Strategy& e da Fraunhofer destaca como a introdução de baterias de sódio pode surgir como um elemento transformador, na medida em que oferece uma perspetiva de produção de veículos elétricos mais baratos.
“As inovações na tecnologia de baterias de sódio visam abordar preocupações relacionadas com a menor densidade energética, tornando-as uma opção viável para carros urbanos mais pequenos e viagens de curta distância”, sublinha a nova edição da CLEPA.
Para ficar a conhecer todos os temas abordados nesta nova edição, consulte o site da CLEPA aqui.