Eni lança projeto para captura e armazenamento de CO₂

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A Eni tem vários projetos em curso no mundo das tecnologias CCS (Carbon Capture and Storage) e CCU (Carbon Capture and Utilization), sob a supervisão do Centro de Investigação de San Donato Milanese e do Centro R&D para as Energias Renováveis e para o Ambiente em Novara

Em relação às tecnologias, no que diz respeito à fase de captura, estão a desenvolver sistemas que utilizam líquidos iónicos que são mais eficientes do que os líquidos convencionais à base de aminas

“Com a relação à fase de armazenamento, estamos a otimizar todas as fases do processo, desde o transporte à interação fluido-rocha aos sistemas de monitorização no terreno, a fim de tornar a tecnologia mais eficiente e facilitar a sua aplicação em grande escala. Operacionalmente, pretendemos criar um dos maiores centros de armazenamento de CO₂ do mundo e o primeiro no Mediterrâneo ao largo da costa de Ravenna.

A conversão de campos esgotados no Mar Adriático, que deixará de produzir gás natural, em locais exclusivos de armazenamento permanente de CO₂, e a reutilização de uma pequena parte da infraestrutura existente proporcionarão uma solução rápida e concreta para reduzir as emissões no setor industrial italiano a preços muito competitivos”, revelou o departamento de Comunicação da ENI.

A CCS é, em particular, a única opção facilmente disponível para os chamados setores de difícil eliminação, como o cimento, o aço, as instalações químicas, etc., em que uma parte significativa das emissões de dióxido de carbono está ligada ao processo industrial e, por conseguinte, não pode ser evitada através da eletrificação ou das energias renováveis, por exemplo.

“A nível internacional, somos também parceiros em dois projetos CCS que estão a ser criados no Reino Unido: HyNet North West, na área da Baía de Liverpool, na costa noroeste do país. Fora da Europa, também estamos a analisar a viabilidade de um projeto de captura de CO₂ nos Emirados Árabes Unidos em Ghasha e está a ser estudada uma aplicação CCS na Líbia, para o projeto Bahr Essalam. Além disso, estamos a analisar oportunidades para desenvolver projetos CCS na Austrália e em Timor-Leste”, acrescentaram.

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