“Estamos focados nas alterações do mercado de Distribuição de Peças”, Ana Rita Soares, Leirilis
A Leirilis, S.A. foi fundada em 1986, e desde sempre esteve associada à comercialização de acessórios e peças, destinadas ao mercado automóvel. As marcas com quem trabalham são de grande prestígio e renome a nível mundial, na maioria dos casos, líderes do sector automóvel, o que garante a qualidade dos seus produtos, bem como o sucesso dos clientes que acreditam em si.
Atualmente, a empresa verifica que a distribuição de peças em Portugal está num modo ‘viragem’, as novas tecnologias e a mobilidade fizeram com que o mercado se tornasse mais competitivo. Para fazer face a esta ‘competição’, a Leirilis desvendou ao Jornal das Oficinas o método que pensa adotar.
Que tendências se observam, hoje, na distribuição de peças em Portugal?
Atualmente, verificam-se dois acontecimentos: as novas tecnologias e a mobilidade tornam o mercado cada vez mais competitivo; os fabricantes de automóveis / concessionários estão a criar canais de distribuição de peças não só das próprias marcas, mas também de marcas alternativas. Estes dois fatores, exigem à distribuição, uma atenção redobrada e respostas cada vez mais rápidas num mercado cada vez mais exigente de forma a não perderem volume de negócio e não entrarem na batalha de preços que se tem vindo a verificar.
Que papel os distribuidores de peças devem desempenhar como parceiros de negócio das oficinas?
Os distribuidores de peças devem ir muito mais além da entrega da peça, é crucial criar novos serviços que gerem valor para a oficina, como a criação de plataformas online com acesso aos dados do veículo (identificação, manutenção, dados e instruções de reparação,…), permitindo assim aos utilizadores uma experiência diferenciada e personalizada; acesso a formação de forma a acompanhar o desenvolvimento da tecnologia automóvel. Esta oferta de serviços adicionais irá possibilitar aos distribuidores aumentar a sua faturação, compensando a perca que se verifica na comercialização pura da peça.
Que desafios as viaturas elétricas colocam aos distribuidores?
Apesar dos veículos elétricos não necessitarem de mudanças de óleo, filtros ou velas não implica uma redução direta no serviço das oficinas, dado que precisam de outro tipo de manutenção, como travões, pneus e baterias. Para a realização deste tipo de serviços é necessário que a oficina esteja preparada tecnicamente, tanto com ferramentas, como com pessoal qualificado. Cabe então aos distribuidores antecipar as necessidades do cliente e estarem preparados para oferecem estes produtos e serviços e assim diferenciarem-se da concorrência.
Que novos conceitos de distribuição de peças podem aparecer no futuro?
O negócio da distribuição de peças como o conhecemos não se irá manter por mais tempo, pois a oferta é superior à procura, além disso há ainda a tendência para reduzir a margem nas peças. Pelo que se torna imperativo e crítico para a sustentabilidade de qualquer negócio oferecer ao mercado produtos e serviços de valor acrescentado.