GVB levou “passageiros” a viajar pelos seus 10 anos
A GVB – Gestão e Valorização de Baterias, Lda., que foi constituída a 25 de setembro de 2009, levou a cabo, hoje, no Santarém Hotel, uma apresentação que permitiu aos “passageiros” viajar pelos seus 10 anos.
O Jornal das Oficinas não faltou à chamada. Nem ao “embarque”. Pouco passava das 9h30 quando, Pedro Fernandes, gerente da GVB, abriu o encontro. Seguiu-se a projeção de Fernando Moita, diretor-geral da GVB, que mostrou aos presentes os últimos dados disponíveis sobre a taxa de recolha, o Ecovalor e os indicadores de mercado.
Depois, João Cezília, Conselheiro de Segurança da Tutorial, respondeu à questão “Quando é que uma bateria é perigosa?”, interagindo com os participantes através de uma app e esclarecendo, também, questões relacionadas com o transporte e armazenamento.
“As baterias necessitam de ter uma segunda vida, tal como acontece com muitos outros resíduos. E o processo tem de começar já. Existem vários projetos em cima da mesa. O Ecodesign e a rastreabilidade são essenciais. Se queremos que a Economia Circular inclua as baterias, de modo a que se consiga gerar dinheiro e evitar o recurso à natureza, temos de atuar já”. As palavras de Ana Pires, investigadora doutorada do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, UNL, não podiam ter sido mais elucidativas na apresentação dos 10 anos da GVB.
Já na parte final do evento, José Barreiros, director product development industrial EMEA da Exide, fez uma pequena resenha histórica das baterias e abordou a evolução tecnológica deste componente. Na apresentação, subordinada ao tema “O futuro da bateria”, o responsável enfatizou a necessidade de conferir uma segunda vida a este componente, questão que entronca na Economia Circular e na reciclagem das baterias de iões de lítio. “Não podemos continuar a incinerar as baterias de lítio como fazemos atualmente. A solução não passa apenas por queimá-las e deitá-las para aterros. Uma única bateria de lítio misturada com baterias de chumbo provoca uma explosão no momento da queima”, alerta.
Coube a Pedro Viana, diretor da Clever Solutions, parceira da GVB, abordar os sistemas de informação, como o Ambiportal, apresentado em 2008, que permitia, por exemplo, já nessa altura, fotografar um resíduo para avaliar o seu estado e forma de acondicionamento. O evento terminou com uma sessão de perguntas e respostas.