Indústria de componentes automóveis diminui exportações

07 - Industria de componentes automoveis diminui exportacoes

Segundo os dados divulgados pela AFIA, as exportações de componentes automóveis registaram uma diminuição de 3,6% durante o mês de maio

O valor das exportações de componentes automóveis situou-se, durante o mês de maio, nos 1.116 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com os dados divulgados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, esta descida reflete uma diminuição de 1,5% em comparação com o valor total das exportações nacionais de bens sendo, no entanto, de notar que as exportações de componentes automóveis são responsáveis por 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis, o que significa que, por cada 100 euros exportados, 16 euros provêm dos componentes automóveis.

No acumulado até maio nota-se uma redução de 3,1% relativamente ao período compreendido entre janeiro e maio de 2023, com as exportações de componentes automóveis a alcançar os 5.340 milhões de euros.

A Europa continua a concentrar a grande maioria das exportações de componentes automóveis com 88,4% tendo, no entanto, registado uma diminuição de 4,6% face ao mesmo período de 2023.

No que diz respeito aos principais destinos dos componentes automóveis, Espanha mantém-se na liderança da tabela com 27,8%, seguido pela Alemanha, com 23,3% e a França com 8,4%.

Para o Presidente da Afia, José Couto, “apesar de ser expectável ainda um ligeiro crescimento das exportações, estamos pouco otimistas em relação aos próximos tempos, revendo em baixa as expectativas de crescimento para 2024. Apesar de estarmos em linha com o que está a acontecer na Europa, há efetivamente, uma queda na produção quando comparamos com o ano de 2023. No entanto, a AFIA acredita que a indústria de componentes automóveis portuguesa terá capacidade para superar os desafios que diariamente nos chegam e que nos conseguiremos destacar pela grande capacidade de diferenciação e resiliência e que essas qualidades nos manterão competitivos e interessantes para os nossos clientes”.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 11 de julho pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.