Melhor Mecatrónico 2023: “Participo pela aprendizagem e troca de conhecimentos”

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Jorge Jesus tem 34 anos, e vive em Maria Vinagre, concelho de Aljezur, Algarve. Trabalha na Auto Marreiros, uma oficina independente multimarca

O percurso de Jorge Jesus até chegar a mecatrónico automóvel foi o normal. Fez o 12º ano e depois foi para a universidade estudar Engenharia Mecânica que concluiu em 2010. Depois disso ainda procurou alguns trabalhos na área da engenharia, nomeadamente nas marcas, mas como na altura se vivia uma crise em Portugal, foi complicado arranjar emprego e decidiu então começar a trabalhar na oficina dos seus pais, a Auto Marreiros, e a aprender mais mecânica prática e a frequentar cursos de mecânica. “O meu pai foi a fonte de inspiração para seguir esta profissão, pois ele começou com 12 anos nesta área a aprender, montando depois o seu próprio negocio e eu sempre o via a trabalhar, a mexer nos carros a desmontar motores desde pequenino e sempre fui curioso com o que ele fazia e me ensinava e comecei desde muito cedo a ter o bichinho da mecânica”, refere Jorge Jesus.

Desde pequeno que sabia o que queria na vida e sempre teve a intenção de ser mecânico “lembro-me de os meus professores no 9º ano me perguntarem o que queria ser, a área que queria seguir, e eu sempre lhes respondia que ia tirar engenharia mecânica e depois especializar-me na mecânica automóvel. O que mais me atraiu e continua a atrair é a constante evolução dos carros e o aprender todos os dias coisa novas nesta área”, sublinha.

Para acompanhar a evolução tecnológica dos veículos tem feito muitas formações na área da eletrónica e tenta estar sempre atualizado com as novidades do mercado, com o material que sai e com as novas motorizações que vão surgindo. “Procuro sempre mais formações e mais conhecimento, apesar de no Algarve ser um pouco difícil existir formações a nível de eletrónica tento sempre frequentar formações e realizar cursos online para obter mais conhecimentos, pois os carros estão em constante evolução e nós mecatrónicos temos que estar sempre atualizados.” Nem sempre consegue equilibrar a vida pessoal com a profissional, pois é uma profissão que ocupa muito tempo, mas existe uma grande compreensão da sua parceira e tenta o máximo para equilibrar as duas partes. Nos tempos livres aproveita para estar com a família e ainda faz serviço de bombeiro voluntário nos Bombeiros de Aljezur.

Todos os dias sente satisfação a desempenhar o seu trabalho e realizado pela profissão que escolheu. Quanto ao futuro da profissão, acha que vai ser muito mais exigente derivado aos veículos elétricos, terá de existir mais formações e mais informação disponível mas sempre em constante evolução. “Penso que o futuro da mecatrónica irá ser muito diferente, pois com a chegada dos carros elétricos o mercado automóvel mudou bastante e com o fim previsto dos carro a combustão tudo irá mudar, o mercado automóvel, as peças, a manutenção e isso irá obrigar as oficinas a mudar”, afirma. Inscreveu-se na Competição Melhor Mecatrónico 2023, não pela competição em si, mas pela possibilidade de aprendizagem e troca de conhecimentos.

“Espero que seja um evento muito bom e consiga tirar o maior partido do mesmo a nível de conhecimento e aprendizagem pois é o mais importante da competição. Penso que a ser realizada no decorrer do salão expoMECÂNICA é uma mais valia, pois assim podemos divulgar ainda mais as nossas profissões e quem sabe atrair os mais novos para esta profissão, pois hoje em dia o mercado está cada vez mais exigente e existe muita falta de mão de obra.”, concluiu.

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