Mercado de usados regista quebra de -7% em abril

06 - Mercado de usados regista quebra de 7 em abril

A transferência de propriedade de ligeiros de passageiros teve uma quebra de -7% em abril de 2022, face ao mês homólogo de 2021, com um decréscimo de -12% em comparação com abril de 2019, no pré-pandemia. Há também uma queda dos veículos importados em abril, em relação aos meses anteriores, o que pode ter impactado a transferência de propriedade

O Standvirtual realizou um Webinar para apresentar o barómetro do mercado automóvel, em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Miguel Pinto (Diretor Geral da Polestar), Henrique Sánchez (Presidente da UVE); Daniel Seixas (CEO da Byrd), António Cavaco (Diretor do Departamento Económico-Estatístico da ACAP), além de Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual), Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual) e Mónica Silva (Marketing Specialist do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números do mercado automóvel e analisar o tema da mobilidade elétrica.

Henrique Sánchez, Presidente da UVE, reforça que, além da atual falta de veículos, uma das dificuldades é a falta de informação: “falar sobre veículos elétricos, mobilidade elétrica, rede e eficiência de carregamento, diferencial de custos entre gasolina, gasóleo e elétrico, benefícios fiscais e incentivo à aquisição. Além de mais informação, a rede pública de carregamento tem de crescer muito rapidamente, mas também é necessário o aumento de potencia dos postos e a multiplicação dos postos e multicarregadores por localização. Assim, os principais desafios são “a rede publica, informação e políticas públicas”. Henrique Sánches destaca ainda o potencial da travagem regenerativa, que faz o próprio veículo gerar energia.

Daniel Seixas, CEO da Byrd, começa por explicar que “se o objetivo da compra do carro elétrico era a ecologia, com a guerra da Ucrânia e o aumento dos combustíveis, a procura aumenta por motivo de poupança. Mas para nós, o objetivo principal é a ecologia”. Enquanto vendedor, há receios “para quem vive num apartamento e como pode carregar. O carregamento em viagem surge já num segundo plano. Ainda assim, enquanto vendedores de usados, sentimos que o maior problema é o medo da durabilidade das baterias, algo que atualmente já sabemos que podem durar até cerca de 20 ou 30 anos. É importante que existam benefícios e ajudas tanto para elétricos novos como para elétricos usados”.

Segundo Miguel Pinto, Market Lead da Polestar, “a nossa estratégia é de vendas diretas e online. Do nosso ponto de vista, a maior vantagem para o cliente é a transparência e a certeza que está a fazer o melhor negócio. Vamos promover o aparecimento de novos produtos, garantir uma rede de assistência pós-venda para que haja a confiança em adquirir os carros elétricos. Fazemos ainda parcerias com entidades estatais ou privadas, no sentido de melhorar o carregamento e a rede de carga nacional. Não há duvida que ainda existe muito para ser desmistificado e somos mais um elemento nesta comunidade”, concluiu.