NAPA chega a Portugal pela Soulima

02 - NAPA chega a Portugal pela Soulima

A icónica marca de peças americana NAPA chega a Portugal através da Soulima, com uma estratégia bem definida para introduzir pelo menos 15 linhas de produtos durante 2023

A NAPA, marca icónica do aftermarket nos Estados Unidos chegou à Península Ibérica através da Lausan e Soulima, distribuidores de peças aftermarket adquiridas em Abril de 2022 pela Alliance Automotive Group (AAG), o grupo internacional que, por sua vez, foi adquirido pelo grupo americano Genuine Parts Company (GPC), proprietário da marca NAPA, desde 2017.

Na apresentação à imprensa, realizada no passado dia 9 de fevereiro na filial de Lausan em San Fernando de Henares (Madrid), Nacho Pernas, diretor executivo da Lausan, Frank Baudel, CEO da Allliance Automotive Group Europe e Clemente Lobato, diretor comercial da AAG Iberia, foram encarregados de apresentar a marca aos meios de comunicação especializados em Espanha e Portugal. Hugo Tavares e Rui Fernandes, respetivamente diretor geral e diretor de marketing da Soulima, estiveram também presentes.

Nacho Pernas começou por apresentar a NAPA, que é a marca privada mais vendida nos EUA e propriedade do maior distribuidor mundial de peças aftermarket, a GPC – Genuine Parts Company, com um volume de negócios de 22.000 milhões de dólares e mais de 53.000 colaboradores. Distribuída na América do Norte através de mais de 6.000 lojas, a marca já se encontra presente na Europa desde 2017, ano em que a GPC adquiriu a Alliance Automotive Group (AAG). Na Europa, desde o início da sua comercialização, a marca NAPA teve um volume de negócios de mais de 310 milhões de euros, o que representa cerca de 10% dos cerca de 3,1 mil milhões de euros do volume de negócios da Alliance Automotive Group (AAG) em 2022.

A entrada da marca no mercado ibérico através da Lausan (Espanha) e Soulima (Portugal), vai exigir uma redefinição do modelo logístico para torná-lo mais eficiente e permitir ter economias de escala, devido ao elevado número de gamas e referências que irão estar disponíveis nos próximos tempos. Embora ainda longe dos 500.000 produtos que a NAPA tem nos EUA, na Europa já trabalha com 30 linhas de produtos diferentes, que incluem as peças que representam 80% das compras de qualquer oficina, designadamente: filtros, travões, baterias, lubrificantes e embraiagens, entre outros.

Na Península Ibérica, a NAPA será introduzida com 15 linhas de produtos em 2023. No primeiro trimestre serão discos de travão, anticongelantes, baterias, óleos e escovas limpa-vidros. No segundo trimestre serão adicionadas as famílias de kits de distribuição, braços/rótulas e filtros. No terceiro trimestre do ano será a vez dos equipamentos, amortecedores e rolamentos, terminando 2023 com a adição de termóstatos, lâmpadas e embraiagens.

Relativamente ao modo de distribuição, Pernas salientou que “haverá lojas NAPA na Europa, mas a estratégia da AAG é permanecer no mercado europeu como uma empresa de distribuição baseada em marcas premium. Em todos os mercados, a entrada da marca tem alavancado a vendas das peças premium, pelo que iremos manter este modelo. Noventa por cento das vendas europeias da AAG serão provenientes de marcas premium e dez por cento da nova marca própria”.

Nacho Pernas, disse que com o plano em vigor, a presença do grupo no mercado ibérico duplicará em dois anos, com base em novas aquisições, que poderão incluir empresas de distribuição de peças sobressalentes que tenham enviado pedidos à AAG Iberia interessadas em fazer parte do projeto.

Aquisições vão continuar
Na apresentação da marca NAPA para o mercado ibérico, Franck Baduel, CEO Europa da Alliance Automotive Group, falou muito claramente à imprensa sobre os planos do gigante europeu. “Vamos continuar a comprar empresas de distribuição tanto em Espanha como em Portugal”. O objetivo é que a AAG Iberia (Lausan + Soulima) atinja 150 milhões de euros de volume de negócios no final deste ano. A aquisição de grandes distribuidores é o projeto da AAG em toda a Europa.

Franck Baduel anunciou que a AAG Europe fechou o ano 2022 com uma faturação histórica de mais de 3,1 mil milhões de euros, graças em grande parte à aquisição de dezasseis empresas de distribuição de peças aftermarket no Velho Continente. As transações mais importantes foram as de Lausan, Soulima e Knoll na Alemanha, esta última de dimensão semelhante à de Lausan, e 2023 começou com a compra de mais quatro empresas (três na Holanda e uma em França) e vão ser fechados mais acordos mês a mês para aumentar este crescimento inorgânico.

Franck Baduel afirmou estar muito satisfeito com o desempenho da Lausan e Soulima: “As expetativas iniciais foram excedidas, são duas empresas com muito potencial e uma carteira consolidada de 20.000 clientes, o que nos permitirá desenvolver com sucesso todos os projetos que temos em curso”.  Para este responsável, a “NAPA é um fator de diferenciação, pois não existe outra marca na Europa tão poderosa e já está a ter um tremendo sucesso, excedendo todas as expectativas. Especificamente, já está a ser distribuída em seis países (Itália, Reino Unido, França, Holanda, Alemanha e Bélgica), aos quais a Espanha e Portugal foram agora acrescentados”.

Mais do que uma marca
Por sua vez, Clemente Lobato, diretor comercial da AAG Iberia, também apresentou alguns dados sobre a dimensão da marca e da sua cultura empresarial, que é muito focada na proximidade com o cliente e na força da sua imagem “Mais de 90% da população dos Estados Unidos conhece a marca. A NAPA é mais uma cultura do que uma marca em si, o que se pode ver no grande evento Expo NAPA 2022, realizado em Las Vegas, que reuniu mais de 18.000 clientes e muitas marcas premium que também quiseram estar presentes a apresentar os seus produtos.

Na Península Ibérica queremos transmitir que se trata da marca privada mais importante do mundo. Um dos conceitos que a marca desenvolve é conhecido como NAPA Know How, fornecendo informação técnica para ajudar o profissional a pôr em prática a manutenção ou reparação do veículo com garantias de fazer um trabalho correto.

Além disso, esta estratégia estabelece como prioridade “ter uma equipa de profissionais que saibam o que os nossos clientes precisam para adaptar os nossos conhecimentos a essas necessidades. Desta forma ajudamos a sua eficiência e os seus resultados económicos”, explicou Clemente Lobato.