Norbat – História de empreendedorismo e persistência

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A Norbat é um verdadeiro caso de sucesso na área automóvel, com 20 anos assinalados no mercado. O Jornal das Oficinas foi conversar com Mafalda Trigo, gerente da empresa e um dos pilares da criação da Norbat há duas décadas, que nos contou como se constrói esta história de empreendedorismo e persistência

Localizada na Maia, a Norbat iniciou atividade há pouco mais de vinte anos, precisamente a 15 de março de 2001. Ao assinalar este número redondo, é o momento ideal para entender como é que se cria, desenvolve, mantém e faz crescer o negócio, mesmo em tempos mais difíceis. Aos comandos da Norbat, juntamente com o marido, Nuno Trigo, está Mafalda Trigo, numa atividade que tem estado ligada desde sempre à comercialização de combustíveis, lubrificantes e baterias. Recentemente, a Norbat deu também início à venda de produtos de higiene industrial. É distribuidora das marca Cepsa e Repsol, tanto para lubrificantes como combustíveis e comercializa uma marca própria de baterias, que é produzida pela Exide.

A empresa nasceu no Centro Empresarial da Lionesa, em 2001, numa altura em que a zona estava ainda longe de ser o que é hoje. Começaram com um armazém muito pequeno e passaram para um segundo que também se revelou reduzido para as necessidades crescentes. O passo seguinte foi a mudança para Leça do Balio e em 2014 adquiriram os dois armazéns que são hoje as instalações da sede, na Maia.

Atualmente têm duas empresas, a Norbat e a Norcomb, e entre as duas empregam cerca de 60 funcionários com as entregas dos produtos a serem feitas, na maioria das vezes, pelos próprios vendedores ou contratando terceiros. Já no que toca aos combustíveis, as entregas são todas realizadas pela Norbat, até porque são concessionários dos postos de combustíveis. Cobrem toda a zona Norte, da Figueira da Foz para cima, enquanto que, por outro lado, o negócio de higiene industrial já é nacional, com o grande forte na zona norte e vários clientes no Algarve.

As vendas de lubrificantes fazem-se sobretudo para oficinas ou fábricas, mas também têm casas de peças que querem distribuir os seus produtos. “É mais à oficina direta do que ao retalho”, afirma Mafalda Trigo. “O nosso processo de venda é simples. Os vendedores andam na rua e como têm uma aplicação de CRM, sabemos logo que encomendas estão a chegar. Depois temos os colaboradores da logística que organizam as cargas e a partir desse momento começam as entregas”, explica. Para que as oficinas se habituem às várias referências e especificações deste produto, a formação é dada pelos próprios vendedores às oficinas, sendo que a responsável considera que é responsabilidade da empresa o papel de fazer as oficinas entender que o mercado mudou e que um óleo que antigamente era o mais vendido, agora pouca utilização tem nos motores atuais. “Por isso mais do que vender, os nossos vendedores são conselheiros das oficinas. Vender é fácil, o pior é saber que produto tem de se vender a cada cliente”, conclui.

O novo negócio de produtos de higiene industrial surgiu por acaso em 2018. Como têm vários postos de abastecimento de combustível, as necessidades multiplicavam-se. Falamos de artigos como “papel higiénico, papel para as mãos, papel industrial para as oficinas”, ou também detergentes que a própria Norbat testou, fosse para lavar o motor, ou para lavar o chão gorduroso do óleo. E, a partir daí, escolheram os melhores: “Foi um trabalho moroso, no início, porque queríamos vender bons produtos, mesmo que fossem mais caros, mas que fossem eficazes, porque no nosso ramo existem muitos locais sujos. A gordura de combustível e dos lubrificantes é difícil de sair, logo, é muito importante o investimento num produto que efetivamente fosse eficaz. Se for bom para esse tipo de gorduras, também é bom para qualquer outro tipo de sujidade”, refere Mafalda.

A Norbat conseguiu adaptar-se bem aos efeitos da pandemia. Atualmente já está tudo normalizado, mas no início, em 2020, os vendedores não iam para a rua. Por estratégia da empresa, optaram por dar férias desfasadas, com vendedores e distribuidores a apoiarem-se mutuamente nas tarefas.

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