O grande desafio dos veículos elétricos
Seja devido a benefícios ambientais, incentivos governamentais, aumento do desempenho da autonomia, redução dos custos da bateria, escolha de estilo de vida ou todos os anteriores o market share dos Veículos Elétricos e Híbridos está a aumentar de forma constante.
Mas ainda estamos longe da massificação ao nível da comercialização destes veículos elétricos no nosso país. É um processo que vai demorar algum tempo até ser completamente concretizado. Contudo, e quando isso se verificar, o cenário atual não irá mudar muito pois as oficinas continuarão a ser solicitadas para a manutenção preventiva e curativa.
Pese embora o facto de o carro ser elétrico, o mesmo continuará a exigir um sistema cada vez mais sofisticado de suspensão, com necessidade de alinhamento e revisão. A troca de pastilhas, discos, tambores, etc., será também necessária.
E continuará a haver acidentes, sendo necessário o recurso à oficina para reparação dos veículos. Em suma, apesar do fim esperado de dezenas de peças atualmente existentes em carros de motor a combustão, não se vislumbra num horizonte temporal ainda aparentemente longínquo, a diminuição de trabalho nas oficinas tradicionais.
Não é líquido que haja perda de faturação só porque os VE necessitam de menos manutenção. Os fatores a considerar sobre este assunto são vários.
Por exemplo: devido ao desenvolvimento técnico o custo das peças para os novos modelos (VE ou não) é significativamente mais alto do que para os modelos anteriores, o que gera mais volume para o mesmo consumo. Haverá também novos serviços que irão ser prestados e que serão geradores de receita importantes no futuro.
A evolução será consideravelmente lenta. Os veículos elétricos ou eletrificados podem efetivamente requerer menos manutenção, mas ao mesmo tempo, vão utilizar componentes muito mais complexos, com custos mais elevados, o que acaba por devolver as referidas compensações.