Quer ser fornecedor do grupo Volkswagen? A OPCO explica-lhe como

02 - Quer ser fornecedor do grupo Volkswagen A OPCO explica lhe como

A OPCO desenvolveu um GPS para orientar, capacitar e acompanhar as empresas portuguesas no cumprimento dos exigentes requisitos da indústria automóvel

“Passar de potencial a fornecedor do grupo Volkswagen, ou de outras OEM’s, é um processo exigente que pode levar meses a anos”, começou por frisar a OPCO.

Desde 2008, que “a OPCO acompanhou, ao longo de todo o processo, 14 empresas com 17 fábricas em Portugal, bem como outras seis empresas no México, Espanha, Itália, República Checa e Polónia, tendo o último projeto tido lugar, de forma remota, com uma empresa na Califórnia, EUA. Todas elas obtiveram a aprovação da Volkswagen e ainda mantêm essa aprovação”, sublinhou Pedro Silva, diretor-geral da OPCO.

Nas palavras do responsável, “outros fabricantes automóveis têm modelos de seleção equivalentes com a Volkswagen, como é o caso da Stellantis, BMW, Mercedes e Ford, e a OPCO conhece-os e pode acompanhar as empresas candidatas a fornecedoras durante todo o processo, tanto na consultoria como na formação. Um acompanhamento que dura apenas o tempo necessário até as empresas ganharem conhecimento, logo, autonomia. O nosso papel passa essencialmente por capacitar as empresas a fazerem este processo de forma autónoma”.

Mas afinal, o que é necessário para uma empresa ser fornecedora dos grandes fabricantes automóveis?

Passo a passo: de potencial a fornecedora do grupo Volkswagen

Em primeiro lugar, precisa de conquistar a classificação A. “Para a alcançar, a base é a Certificação ISO 9001 e o compromisso de obter a certificação IATF. Com esta premissa, há que contactar a Volkswagen, pedir acesso ao seu portal e dar início à candidatura”, explicou.

A próxima fase é a avaliação do cumprimento dos Requisitos Específicos do Cliente (CSR) relacionados com qualidade, serviço, preço, logística, ambiente e inovação mencionados no acordo Formel Q Konkret, onde se incluem os volumes suplementares Formel Q Capability, Formel Q Capability Software e Formel Q New Parts Integral.

“Aqui estão expressas as regras do jogo para se ser fornecedor da Volkswagen”, explicou Pedro Silva e continuou, “segue-se a fase de implementação dos CSR onde apoiamos em todo o processo, nomeadamente com as atividades relativas à implementação dos requisitos Formel Q e VDA 6.3”.

Desde 2016, a OPCO traduz os manuais VDA para português de Portugal. “Este conhecimento e esta experiência têm sido determinantes no acompanhamento às empresas da indústria automóvel e é para nós um reconhecimento da nossa competência”, sublinha o diretor geral da empresa formadora e consultora do setor automóvel que, “conta com mais de 15 anos de experiência, acumulados com mais de 25 anos de experiência dos seus profissionais na indústria”, referiu o comunicado.

A título de exemplo, “se falarmos das formações VDA, apenas das obrigatórias, que normalmente são pedidas pela Volkswagen temos, só em 2023, 181 ações”, destacou.

Com a implementação dos CSR, o próximo passo inclui a submissão de cotação a projetos específicos do cliente, onde os aspetos técnicos correm a par dos aspetos comerciais. “Assim, a Volkswagen analisa tanto o desempenho como o preço que é algo importante. O fornecedor pode ser muito competitivo, mas se não cumprir os requisitos de desempenho da Volkswagen não irá sequer passar à possibilidade de adjudicação. Aqui a OPCO tem conhecimento e sensibilidade para ajudar a cumprir os requisitos e atingir os objetivos definidos pela Volkswagen”, reforçou Pedro Silva.

Durante este processo, a Volkswagen faz duas auditorias. “Na primeira, após uma avaliação profunda do potencial fornecedor, realizada de acordo com a Análise de Potencial da VDA 6.3, classifica a empresa candidata como verde (bom), amarelo (condicional) ou vermelho (bloqueado). Na segunda, após uma adjudicação e próximo da entrada em produção, a empresa passou já pelas várias pré-series definidas pela Volkswagen”, explicou.

“Destas auditorias saem sempre planos de ações corretivas. Na sequência da segunda auditoria, uma vez implementadas as correções e após aprovação das amostras iniciais, a empresa pode iniciar a produção em série”, afirmou Pedro Silva que alerta, no que diz respeito à certificação IATF: “um fornecedor novo, seja para a Volkswagen ou para a indústria automóvel em geral, precisa de ter um”.

“Depois de conquistar o lugar de fornecedor, como o preservar? É crucial manter-se a par dos requisitos e das exigências do fabricante e apostar em qualificação permanente”, concluiu.