“Queremos ter 25 oficinas na rede até ao final do ano”, Diagtec Plus

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A Diagtec Plus, Lda. nasceu em 2019, pelas mãos de Nuno Pinto, fruto do know-how de uma equipa com mais de 20 anos de experiência no setor da venda de equipamentos e formação aos profissionais da reparação automóvel, mais especificamente em mecatrónica automóvel. Atualmente tem ainda uma rede oficinal, a Diagtec+ com 16 oficinas aderentes e o objetivo claro de continuar a crescer

Comercializar equipamentos de diagnóstico e dar formação em mecatrónica automóvel era o «core business» da Diagtec Plus, que marca presença em mais de 1.000 negócios tanto a nível nacional como internacional. A Diagtec+, a rede de oficinas da Diagtec, foi criada depois, sendo um projeto dedicado a especialização em mecatrónica automóvel e veículos PHEV e EV. As instalações da Diagtec contam com sala de formação teórica e prática e um showroom onde tem expostas as mais recentes inovações da área. Atualmente são 16 as oficinas aderentes à rede Diagtec+, especializadas em diagnóstico e mecatrónica automóvel. Tem um call center com três técnicos permanentes a dar apoio aos clientes e quatro vendedores. A empresa tem exclusividade na comercialização de várias marcas de equipamentos de diagnóstico, designadamente a Magic MotorSport, a ABrites, a Smok e a Thinkcar.

Em franco crescimento
A história da Diagtec Plus, começa precisamente na época de Covid, quando estava tudo em confinamento. Surgiu pelo facto de terem sido detetados três problemas relevantes: “oficinas que têm técnicos, mas não têm equipamentos, nem têm formação; oficinas que até têm os equipamentos, mas não têm formação nem técnicos, e oficinas com técnicos e com equipamentos, mas que não têm qualquer formação. A tudo isto junta-se a pouca higiene e organização de muitas oficinas, pois vê-se máquinas de milhares de euros no meio de óleo e resíduos. Tentámos fazer uma lista de problemas e questionámo-nos de que forma poderiam ser resolvidos. Então, decidimos criar o conceito de Diagtec Plus”, começa por nos contar o diretor geral, Nuno Pinto.

Dada a necessidade de tornar as oficinas mais ecológicas, juntaram a reutilização, a reconfiguração e a recuperação das unidades, para reaproveitar material que muitas vezes seria descartado: “Tentamos reaproveitar essas unidades ao máximo e colocá-las em funcionamento novamente, poupando muito dinheiro ao cliente e também permitindo ao prestador de serviços ter uma maior margem de lucro e fazer um serviço muito mais rápido do que o concessionário, que muitas vezes tem que agendar. Se nós conseguirmos resolver um problema na hora, mesmo com um custo semelhante ou até mais baixo que o do concessionário, o cliente vai preferir-nos, vai ficar servido e muito satisfeito”, comenta o responsável.

Para além das oficinas, evoluíram a academia de formação, e atualmente dão formação todos os meses, exceto em agosto. Com seis novas temáticas, há alguns meses, até, em que dão duas formações. Em 2025 o número sobe para onze, sempre em constante atualização: “Vamos adaptando os cursos às necessidades. Há sempre um curso ou dois que são fixos, por exemplo, os híbridos e elétricos. No ano passado fizemos duas vezes formação de híbridos e elétricos, que são 32 horas em cada formação. Esses temas são sempre fixos e não vamos tirá-los porque há sempre uma procura enorme. Contamos com um parceiro certificado que vem cá dar as formações, para as quais se pode inscrever qualquer pessoa, embora haja alguns cursos que possam ser exclusivos só da rede”, explica.

Forma de trabalhar específica
A Diagtec tem uma forma de trabalhar diferente do normal, por comparação com a concorrência, entendem, com “técnicos e vendedores na rua. Além deste backoffice aqui, temos quatro vendedores em todo o país e temos os técnicos que os acompanham nas visitas ao cliente. Abordamos o cliente «business to business». Temos o técnico na hora se for necessário, e todas as máquinas são entregues com formação. Sempre que o vendedor entrega um equipamento, vai um técnico que também faz a formação na hora. As demonstrações são sempre feitas pelos técnicos, porque o comercial não tem o mesmo conhecimento técnico que tem um profissional da mecatrónica. Somos oito e assim funcionamos na perfeição”, garante Tiago Resende, diretor de marketing. Os clientes da Diagtec são transversais, nota Tiago Resende, que refere que “ainda há muitas oficinas com o dono mais velho, mas começa a aparecer uma nova geração de profissionais mais vocacionados para a parte da Mecatrónica, da Eletrónica e tudo isso. Os carros também estão mais por essa vaga, com mais eletrónica e mais mecatrónica. Mas temos alguns aderentes da rede, que já são utilizadores com mais de 50/60 anos”, explica. “Regra geral, nesta área há muito o negócio que passa de pais para filhos, o negócio de família”, sublinha o diretor de marketing.

As oficinas e as marcas
As oficinas da rede Diagtec+ podem ser de três níveis, “desde o nível de diagnóstico avançado até ao nível que inclui, além do diagnóstico, a formação e os híbridos e elétricos. Uma oficina pode especializar-se em híbridos e elétricos, reparação e manutenção, sendo tudo adequado, depois, ao perfil de cada aderente. Existem requisitos que têm que cumprir para poderem ingressar na rede, como ter uma boa imagem e que tenham capacidades técnicas. O ADN que tentamos ter aqui na empresa, tentamos replicar nas «nossas» oficinas, que acabam por se tornar mais rentáveis. A primeira de todas, por exemplo, ao final de meio ano, já tinha o investimento rentabilizado, devido ao aumento de clientes na área do diagnóstico”, conta Tiago Resende que salienta que “queremos manter o padrão de qualidade e eles têm que cumprir os requisitos, havendo, depois, um controlo sobre esses requisitos. Isto é um plano que nós dizemos, a brincar, que funciona como um fato à medida”, explica-nos. Neste momento as oficinas Diagtec+ começam a tornar-se referências para outras oficinas, pois “como são mais especialistas em determinada área, há outros «players» do mercado que as procuram, como por exemplo, as oficinas especializadas em Diesel”, revela. Atualmente contam com 16 oficinas na rede, mas até final de 2025 esperam que este número cresça para 25.
Em relação às marcas que representam e comercializam, são várias: “Somos representantes da Magic MotorSport há muitos anos e em exclusivo, que é mais na base da leitura das unidades de motor e unidades de caixas automáticas para reparação e manutenção. Temos a ABrites, uma grande marca que ficou connosco há uns anos. Neste caso, vocacionada para reconfiguração de praticamente todos os módulos da viatura, também diferente da Magic. Representamos ainda a Smok, uma marca ligeiramente mais técnica, mais vocacionada, não para o módulo, mas para o que está dentro do módulo, para a reparação…. E, mais recentemente, temos ainda a ThinkCar, uma marca que representamos em exclusivo também para dinamizar e tentar mudar um pouco o que já tínhamos. E é um equipamento com bastante potencial”, defende Tiago Resende.

Dar-se a conhecer
Para mostrar todas estas marcas e equipamentos ao mercado é essencial ser presença assídua no salão ExpoMECÂNICA e, até agora, a Diagtec Plus não falhou nenhuma das edições. “Na última edição o stand era um pouco maior do que os anteriores, e apesar de não ter tido o mesmo número de visitantes, o resultado foi excelente. O pós-feira foi muito bom, trouxe muito trabalho! Foi caótico no bom sentido”. No que diz respeito à formação, Tiago Resende adianta que “as formações técnicas e certificadas acontecem todas nas nossas instalações. Regra geral em dois dias, poucas são as que demoram um dia. Também estamos a entrar pela via online, portanto, o cliente não tem que se deslocar, não tem custos com nada e nós conseguimos passar a mesma informação. Quanto à parte prática, obrigatoriamente tem que ser presencial, não há outra forma”, diz. Tiago Resende queixa-se ainda da falta de conhecimento de algumas pessoas que aparecem nas formações: “O que eu vejo nas oficinas é que as pessoas que saem das escolas de formação, em dez, dois vão ser bons mecatrónicos. E um vai ser excelente, o resto é um rácio muito baixo”, lamenta, dizendo mesmo que “os planos educacionais que eles têm, a meu ver, estão ultrapassados. Falam em matérias que não estão adequadas ao nosso mercado. Já existem algumas escolas que alteraram os cursos e que estão bem preparadas, mas a grande maioria ainda não, e isso reflete-se nas oficinas. Nós, felizmente, conseguimos transformar um informático num mecatrónico. Já aconteceu mais do que uma vez. O resto é formação”, explica, orgulhoso.
Em abril de 2024, a Diagtec Plus organizou uma convenção, em Coimbra, cujo saldo foi muito positivo, tanto para organizadores, como para participantes, pois, de acordo com Tiago Resende, “foi engraçado juntá-los, as pessoas aderiram em massa. Foi apresentado o ano de 2024, foi mostrado o que se ia fazer e foi feita a análise do ano transato, havendo ainda uma componente lúdica. Este ano vamos repetir, se calhar em moldes um pouco mais profissionais. As coisas vão evoluindo”, explica.

Crescimento sustentado
Em termos de Marketing, a Diagtec quer fazer… saiba o quê na edição impressa ou online do Jornal das Oficinas nº221, aqui.