Rally de Portugal arranca dia 24 de setembro
Prova do Automóvel Club de Portugal revive troços históricos do antigo Rally de Portugal e leva 68 equipas a atravessar várias regiões do país, entre 24 e 28 de setembro
O desafio de reviver a história do Rally de Portugal numa prova de regularidade com 1.900 quilómetros de extensão, ao volante de alguns modelos que apaixonaram gerações de aficionados em todo o mundo, é o melhor cartão de visita do Rally de Portugal Histórico, que vai para a estrada na próxima terça-feira, dia 24 de setembro e termina na madrugada de sábado, 28 de setembro.
Apesar dos detalhes do percurso serem secretos, de acordo com as regras das provas de regularidade, Sintra recebe, este ano, a base do evento. Os concorrentes reúnem-se na próxima segunda-feira, no Hotel Vila Galé de Sintra, para as verificações documentais, com a partida oficial a acontecer no dia seguinte, no cenário natural da Praia do Magoito. A primeira das quatro etapas da prova vai levar as equipas até à Figueira da Foz, numa extensão de 243,23 quilómetros (com 43,88 quilómetros de especiais de regularidade).
A etapa de quarta-feira liga a Figueira da Foz a Viseu, num percurso de 259,82 quilómetros (183,28 quilómetros de especiais), com as equipas a chegarem já de noite à cidade de Viriato. Para quinta-feira está reservada uma das novidades desta edição face a 2023, na etapa com partida e chegada a Viseu, que, desta feita, leva os concorrentes ao Eurocircuito da Costilha, em Lousada, incluindo também incursões pelos troços de Fafe (com reagrupamento na cidade minhota), Régua e Lamego, antes do regresso a Viseu. São 333,23 quilómetros (146,60 quilómetros de especiais), por entre alguns dos locais mais famosos do Vodafone Rally de Portugal.
A quarta e última etapa do Rally de Portugal Histórico também traz reminiscências da antiga prova portuguesa: partida de Viseu, com passagem pelo Caramulo, Mortágua e paragem em Coimbra, uma novidade. À tarde, as equipas passam no circuito do Leiria Sobre Rodas, outra novidade absoluta, e, à noite, perspetiva-se nova enchente com a famosa especial noturna de Sintra, a fazer lembrar as romarias de público que emolduravam a Serra de Sintra no Rally de Portugal.
Às primeiras horas de sábado, e após exatamente 1.899,93 quilómetros de dureza e precisão, os concorrentes entram no parque fechado, em Sintra, com a entrega de prémios a acontecer no Hotel Vila Galé, ao almoço.
Máquinas intemporais
Num pelotão com máquinas construídas entre 1957 e 1990, não faltam modelos históricos, como, por exemplo, os Lancia Delta Integrale de 1988, Lancia Stratos de 1974, Mazda 323 GTX 4WD de 1989, ou o carro mais antigo em prova, um belo Austin Healey 100/6.
Ao volante de um Porsche 911 3.2 de 1985 vai alinhar Carlos Tavares, CEO da Stellantis, adepto praticante das provas de clássicos.
O cariz internacional do Rally de Portugal Histórico fica também visível no facto de a maioria das equipas ser estrangeira, com destaque para Espanha, França e Inglaterra.