Repintura Automóvel: Mercado polarizado
O mercado da repintura automóvel em Portugal está polarizado, existindo por um lado, as oficinas que estão atentas e a evoluir no sentido da produtividade e rentabilidade e por outro lado as oficinas que se concentram em comprar cada vez mais barato. É uma situação que preocupa os operadores, que querem inverter, tornando a atividade mais rentável e produtiva
O mercado de repintura automóvel em Portugal, é naturalmente afetado pela diminuição de sinistros, resultante da evolução dos automóveis e do controlo de velocidade por partes das autoridades, assim como pela evolução tecnológica das tintas, sendo necessário menos quantidade para se obter a mesma performance. O decréscimo em volume do mercado de repintura automóvel já decorre há vários anos, principalmente originado pelas características das novas tecnologias dos produtos, pela quase ausência das “pinturas gerais” e pelos sistemas de segurança ADAS que têm contribuído para a segurança dos veículos e redução da sinistralidade rodoviária. Estes factos, associados à existência de uma natural e enorme competição entre as marcas (e as principais marcas a nível mundial estão todas presentes no mercado português), obviamente implica um grande rigor profissional, a todos os níveis, para que este negócio se mantenha sólido e interessante. Avizinham-se, portanto, tempos particularmente difíceis para as empresas do setor. O maior desafio no médio prazo será manter os níveis de rentabilidade e haverá com certeza cada vez mais consolidação de empresas no setor.
O mercado é caraterizado ainda por um número elevado de oficinas em relação ao parque automóvel comparativamente com outros mercados europeus traduzindo-se num potencial em valor por oficina baixo com média de 1,7 pintores/oficina o que implica dificuldades no retorno do investimento. Atualmente, para além do equipamento habitual e stock temos de considerar o equipamento de medição de cor (Espectrofotómetro) com custo de vários milhares de euros.
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