Setor Automóvel desconfina dia 15 de março

03 - Setor-Automovel-desconfina

ACAP elogia a reabertura do setor automóvel. É de salientar que a ACAP já tinha solicitado anteriormente ao Governo que o setor reabrisse logo na primeira fase de desconfinamento das atividades económicas.

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal), congratula-se com a reabertura dos stands de automóveis já na próxima semana. A ACAP tinha solicitado ao Governo que este setor reabrisse logo na primeira fase de desconfinamento de atividades económicas. O sector automóvel tem um Protocolo Sanitário em vigor, desde o dia 3 de maio de 2020, tendo cumprido todas as regras de segurança. Por outro lado, os stands de automóveis são, normalmente, áreas de grande dimensão e arejadas, concentrando um reduzido número de pessoas.

No ano de 2020, o mercado automóvel de ligeiros de passageiros teve uma queda de 35 % face ao ano de 2019. Esta foi a terceira maior queda percentual, não só em todos os 27 países da União Europeia, mas também em comparação com o Reino Unido.

No mês de janeiro (e só em parte em virtude do confinamento), o mercado automóvel caiu 30,5%, quando a média de queda na União Europeia foi de 24%. Em Fevereiro (com todo o mês em confinamento) a queda foi de 59%.

A esta situação de enorme queda de mercado, acrescem dois fatores muito penalizadores:

  1. Com a aprovação do Orçamento do Estado para 2021, foram drasticamente reduzidos os benefícios fiscais para os veículos híbridos. No caso dos híbridos convencionais, esse benefício foi mesmo descontinuado, já que os novos critérios previstos são impossíveis de cumprir por qualquer veículo desta categoria. Os veículos híbridos representaram 16% do mercado em 2020.
  2. Com a recente publicação do Despacho sobre apoios a veículos eléctricos, foram eliminados os incentivos à compra de veículos elétricos por empresas.

Esta é uma medida com consequências negativas para o mercado de empresas que, como é sabido, tem uma importância muito grande, em Portugal. Veio, ainda, ao arrepio das políticas seguidas noutros Estados membros que reforçaram os apoios à compra de veículos elétricos. Em Portugal, a retirada do apoio às empresas, nem sequer foi reforçada pelo aumento dos apoios a particulares.