“Temos um compromisso permanente com a qualidade”, Luís Almeida, Japopeças

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A empresa, que surgiu em 1986 com a ambição de fazer sempre mais e melhor, nunca ficou pelo caminho. Para além da alteração de imagem efetuada em 2020, a Japopeças mudou a sua estratégia comercial, assumindo o compromisso de manter os valores e princípios que sempre nortearam a sua atividade: profissionalismo, rigor, seriedade e transparência.

A Japopeças escolheu 2020 para um rebranding da sua marca. Qual tem sido o feedback do mercado a esta mudança?
O rebranding da marca Japopeças tem tido um feedback positivo alcançando os objetivos que levaram à sua realização. Na componente visual temos tido uma boa aceitação e colhemos comentários muito positivos. Daqui resulta uma imagem mais fresca, rejuvenescida respeitando o ADN da empresa e do seu serviço que em nada se alteraram. Este rebranding imprime dinamismo, profissionalismo e horizonte de futuro.

Para além do logotipo, o que mais mudou na Japopeças a nível da sua estratégia comercial e posicionamento no mercado?
O que mudou na estratégia comercial e posicionamento de mercado passa pelo facto de termos alargado o leque da nossa oferta que se focava no mercado automóvel asiático. Em nada beliscamos a especialidade que nos é reconhecida no asiático, acontece que acompanhamos a tendência dos fabricantes asiáticos que cada vez mais envolve a partilha de plataformas com veículos europeus o que reforçou com naturalidade a nossa presença neste segmento e que contará com mais novidades em breve. Mantemos os princípios e valores comerciais com que a Japopeças se encontra no mercado há mais de 30 anos reconhecidos pelos nossos clientes: profissionalismo, seriedade, dedicação, transparência e qualidade tanto nos produtos como no serviço prestado.

Que impacto a pandemia está a ter na atividade da Japopeças?
O maior impacto na atividade da Japopeças teve que ver com ajustes nas instalações e processos que tivemos que implementar por forma a serem cumpridas todas as regras da DGS. Esta nova realidade acrescenta ao nosso dia a dia constrangimentos e novos hábitos que exigem mais de todos nós.

Que medidas tomaram para manter a atividade em segurança para os vossos colaboradores e clientes?
Desde logo limitamos a entrada de pessoas externas ao serviço nas instalações sem agendamento prévio; instalamos acrílicos nas instalações com especial enfoque no balcão de atendimento limitando simultaneamente a entrada de clientes em função do espaço disponível; aumentamos a frequência de limpeza e desinfeção que sempre existiu, disponibilizamos EPI`s nomeadamente máscaras, álcool-gel luvas entre outros; asseguramos o distanciamento social nos diversos postos de trabalho tanto na logística de armazém como no atendimento ao cliente e escritórios; implementamos a não partilha de ferramentas de trabalho que vão desde o simples agrafador ao computador multi-posto para dar alguns exemplos. Foram tomadas mais de 50 medidas que podendo pecar por “excesso” nos permitiram trabalhar durante todo este tempo sem interrupção até à data felizmente.

E como se tem preparado a Japopeças para as mudanças que estão a acontecer no aftermarket?
Preparamo-nos trabalhando, isto é, dando sequência aos projetos que delineamos tanto a curto como médio prazo. O atual contexto levanta novos desafios e naturalmente traz um contexto de maior incerteza, mas entendemos que devemos prosseguir com o caminho já planeado.

Este ano, a Japopeças e a AISIN associaram-se ao Troféu C1. Qual o objetivo desta aposta e que tipo de acordo fizeram com a organização do Troféu?
A Japopeças e a AISIN associaram-se ao Troféu C1 como Sponsors da competição, isto é, temos visibilidade em todos os carros participantes nas matrículas no pódio e nas mais diversas plataformas digitais, falamos de 50 carros inscritos em competição! Além disso damos suporte no fornecimento de peças nos dias de competição, sendo simbólico que o C1 se trata de uma marca europeia assente na plataforma do Toyota Aygo que casa perfeitamente com a nossa aposta na oferta de peças para europeus preservando o nosso legado associado aos asiáticos. O troféu C1 colhe a nossa simpatia pelo seu modelo e organização, profissional e dinâmico permitindo uma estrutura de custos “low-cost” para os participantes apaixonados pelo desporto automóvel, que de outra forma, dificilmente poderiam desfrutar da sua paixão por este desporto que comporta, noutros modelos, custos incomportáveis para a maioria.

Considera que o retorno tem sido positivo. As expetativas estão a ser cumpridas?
Sim, as expectativas estão a ser cumpridas. A Japopeças e a AISIN têm tido a visibilidade e notoriedade expectável e ao mesmo tempo, temos ajudado em competição os participantes fornecendo as peças que são testadas ao seu limite em competição. Isto não é de somenos, estamos a falar de uma competição de 6+6h consecutivas num carro quase na sua totalidade com especificações de fábrica levados ao limite. Sabemos que vendemos qualidade, mas é para nós motivo de satisfação ver as nossas peças standard que vendemos todos os dias a ser levadas ao limite e a cumprir, atestando a qualidade que já sabíamos existir.

Considera que a Japopeças é uma empresa digitalizada?
Sim acrescentando, contudo, que se trata de um processo que nunca estará concluído. Internamente todos os processos de trabalho são digitalizados através do nosso ERP e cada vez mais automatizados e padronizados. Acresce a nossa plataforma online B2B quer também é totalmente digitalizada e integrada no nosso ERP. Apesar disso reconhecemos várias melhorias que podemos implementar e nas quais estamos a trabalhar, daí considerarmos que é um processo evolutivo e nunca “concluído”.

Quais os processos que já se encontram digitalizados dentro da empresa?
Faturação, emissão de guias; gestão de crédito, gestão documental, gestão de stocks, abertura de encomendas, devoluções & garantias entre muitos outros.

A Japopeças tem previsto realizar ações de formação para os seus clientes?
Reconhecemos que as ações de formação não são até à data, uma das maiores apostas da Japopeças. Dado o presente contexto de pandemia, pese a existência de ferramentas digitais, não temos agendados eventos desta natureza.

E a nível da comunicação, como tem evoluído o diálogo com os clientes e comunicação social?
Na sequência do re-branding efetuado temos procurado ser assertivos na comunicação, presentes e visíveis. Isso tem-se manifestado na vossa publicação, nas provas do troféu C1, nas nossas redes sociais Facebook, Instagram entre outras plataformas.

Qual é o vosso compromisso com os clientes?
Temos um compromisso permanente com a qualidade, tanto dos produtos que vendemos como do serviço que prestamos. Para além disto assumimos como compromisso manter os valores e princípios que sempre nortearam a atividade da Japopeças: profissionalismo, rigor, seriedade e transparência. Nesse sentido, as nossas condições e benefícios comerciais são publicadas e publicitadas a todos os nossos clientes, sem exceção.

Qual a sua opinião sobre o futuro do negócio de peças auto em Portugal?
Penso que se continuará a acentuar a tendência para a concentração da atividade num menor número de operadores, seja pela consolidação de grupos já estabelecidos, seja por fusões aquisições ou outro tipo de movimentos. É natural que estruturas maiores possam beneficiar de economias de escala. A nível de produto creio que o mercado português tem uma oferta completa nos mais variados segmentos de qualidade e preço, sendo ajustada às suas necessidades do mercado pelo que a pressão nas margens de comercialização continuará a marcar o panorama português. Acredito que as empresas que forem capazes de investir na sua melhoria contínua melhorarão as suas operações logísticas sendo cada vez mais eficientes em grande medida por via da digitalização dos processos, caminho que considero incontornável e desejável.