VLX Cacém – Apresentar soluções ao cliente
Quem entra na VLX, leva a promessa de sair servido e com o problema resolvido. Quem o garante é Samuel Gomes, gerente desta oficina multimarca (que é também reparadora autorizada Opel), que nos contou como tem sido a evolução da empresa, com o foco sempre colocado no serviço ao cliente
Criada em dezembro de 2013, a VLX tem hoje instalações no Cacém, Amadora e Lisboa, e muita vontade de crescer e imergir ainda mais no mercado global de assistência, manutenção e reparação da capital. Constituída com o objetivo de reaproveitar o negócio e a clientela do insolvente concessionário Auto Reval, começou com duas instalações, no Cacém e na Amadora, tendo já alargado horizontes até ao Parque das Nações, em Lisboa.
Samuel Gomes lembra que teria sido “muito difícil sobreviver só com a Opel” pelo que se decidiu, então, abrir ao multimarca, que deu o mote para o crescimento. “Começámos a trabalhar com grandes gestoras de frota que, inclusivamente, nos solicitaram que abríssemos uma instalação em Lisboa, mais propriamente na zona da Expo. E há dois anos e meio abrimos uma nova unidade de mecânica onde, neste momento, cerca de 80/85% do trabalho é garantido por gestoras de frota”, conta.
Hoje, a estrutura da empresa comporta cerca de 40 pessoas, entre elas os três gerentes, pessoas afetas à contabilidade, às compras, logística, peças, apoio à gestão, responsáveis de unidade e ainda a equipa produtiva. Técnicos e não técnicos beneficiam da formação do grupo Stellantis – o conglomerado que junta as marcas PSA e FCA – que consideram “uma boa escola”, sendo que na área de chapa e pintura, a formação é proveniente da parceria com Álvaro de Sousa Borrego.
Ligada à Álvaro de Sousa Borrego (ASB) desde a fundação, a VLX está de pedra e cal com este fornecedor de produtos para a área da repintura automóvel. Samuel Gomes entende que a ASB tem “uma gama boa de produtos. Eu gosto da linha da Spies Hecker e diria que é o Rolls Royce das tintas. Não é a tinta mais barata do mercado, mas também não é essa a posição que nós queremos”. Explica que mantém a parceria pela relação de confiança já estabelecida e porque “sempre que tenho alguma questão, ligo a alguém e as coisas resolvem-se. Há uma equipa técnica por trás muito boa, sempre disponíveis, que sabem «a potes» deste tema, o que me deixa a garantia e a tranquilidade”.
Apesar de, neste momento, a empresa não ter necessidade de contratar, o gerente está certo de que não é fácil encontrar bons profissionais para trabalhar. Na sua opinião, os estagiários hoje em dia “vêm com muito pouca vontade de trabalhar, não têm espírito de sacrifício nenhum, estão sempre a olhar para o relógio a ver quando é que chega as 5h e meia e isso entristece-me um pouco”, revela.
Acreditar no crescimento
A pandemia e os consequentes confinamentos que se fazem sentir desde março de 2020 vieram mudar muito a realidade das empresas, especialmente das oficinas. O responsável da VLX esclarece que é “sobretudo na secção de chapa e pintura onde se sente mais, porque o índice de sinistralidade baixou cerca de 70% e o trabalho caiu a pique”.
Perante esta situação, a oficina tem tentado colmatar o serviço com restauros de viaturas antigas, pois “há um gosto pessoal nessa área e temos bastantes conhecimentos e amigos na área dos clássicos. Estamos a explorar o nicho e tem dado algum push à secção de chapa e pintura”, diz, acreditando que “o índice de sinistralidade vai voltar ao que era, que o mercado há-de abrir e o nosso centro de colisão vai voltar a ser o que era”.
Por outro lado, também novas práticas de proteção individual e de distanciamento social tiveram de ser adotadas devido à pandemia. Na VLX, fazem agora parte da rotina o álcool gel, as máscaras (que são trocadas duas vezes ao dia) e ainda um horário específico para utilizar o refeitório.
Para fidelizar os clientes, a VLX mantém campanhas habituais e uma política comercial que oferece descontos para clientes que tenham intervenções nos últimos dois anos. Em contraponto com as grandes redes oficinais concorrentes que disputam o lugar no mercado através do preço dos serviços, Samuel Gomes declara que na VLX “queremos transparência. Não gostamos de comunicar um preço de 60 euros e depois o cliente chega cá e paga 200. É por aí que temos criado uma fidelidade com os nossos clientes”.
O crescimento na zona será, ainda assim, difícil, explica: “é uma zona economicamente débil. O cliente particular tem alguma dificuldade e o cliente da seguradora vem com uma expetativa de que com um sinistro, fica com um carro todo novo, e é difícil de explorar este mercado. Esta zona não é fácil. Obviamente que nos temos mantido por aqui e pretendemos continuar”.
Questionado sobre a estratégia para o futuro, o Samuel Gomes denota alguma reticência nos prognósticos, pois “a nossa visão para 2020 era crescer 15% e caímos 40%!”. No entanto, admite que querem “continuar a apostar no multimarca, estreitar relações com este grupo Stellantis e continuar a levar a VLX a bom porto. Este primeiro semestre de 2021 está perdido, mas acreditamos no segundo semestre. Temos de olhar para o futuro com otimismo e esperança”. O mercado da capital, que é “diferente”, está na mira dos responsáveis da VLX e será um dos próximos objetivos a alcançar
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