AFIA destaca incerteza em acordo entre União Europeia e EUA

A AFIA alerta para a falta de clareza sobre o impacto do novo acordo UE-EUA nos fornecedores de componentes automóveis. A exclusão destes das tarifas pode gerar desequilíbrios no setor
Perante as informações atualmente disponíveis sobre o acordo estabelecido entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – considera que, no mínimo, o ambiente gerado traz uma perceção de maior estabilidade para o comércio.
No entanto, permanecem incertezas quanto ao texto final. A indústria europeia de componentes manifesta preocupação com a aplicabilidade do acordo, uma vez que ainda não é claro se os fornecedores de componentes automóveis estão abrangidos pelas tarifas previstas na Secção 232 — ou seja, se peças e componentes automóveis estão incluídos nas exceções.
Caso se confirme a exclusão, isso poderá resultar em tarifas mais elevadas para os fornecedores de componentes do que para os próprios construtores de automóveis (OEM), criando assim um potencial desequilíbrio competitivo no setor.
A AFIA, juntamente com a organização europeia da qual faz parte, acredita que há possibilidade de recuperar a estabilidade nas relações comerciais e que poderá estar afastado o risco de agravamento de tarifas.
Tal como referiu o comunicado da CLEPA – European Association of Automotive Suppliers: “Um teto tarifário único e abrangente de 15% para setores-chave, como automóveis, semicondutores e outros, oferece a clareza necessária para o planeamento industrial a longo prazo”
“Mantemo-nos atentos e esperamos por informação mais concreta e final”, concluiu a AFIA em comunicado.




