“Com os olhos postos no futuro”, Pedro Rodrigues, AleCarPeças

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Com os olhos postos no futuro, 2022 foi o ano escolhido pela empresa para lançar não um, mas dois projetos novos. Em outubro foi o lançamento do projeto de venda de equipamento de diagnóstico e software técnico. A segunda aposta da AlecarPeças, incidiu na criação de uma nova aplicação que permite aos utilizadores terem acesso ao vasto portfólio da empresa, tudo à distância de um clique

Para fazer face às alterações e mudanças do mercado, a AleCarPeças  garante estar atenta à evolução e às soluções que os seus parceiros disponibilizam para o aftermarket, nomeadamente investindo no setor dos veículos elétricos, que deverá ter um impacto progressivo no volume de negócio nos próximos anos.

Os desafios do futuro são constantes e permanentes, e a evolução é muito rápida e contínua, mas a AleCarPeças tem conseguido manter o desempenho que o mercado lhe reconhece e vai continuar a caminhar para este futuro incerto com base naqueles que considera ser os seus pontos fortes e indestrutíveis: o serviço, profissionalismo de toda a equipa, disponibilidade de stock e oferta de produtos e soluções de qualidade superior.

Como é constituída a oferta atual da sua empresa, a nível de marcas e gamas de produtos?
É uma oferta bastante completa de marcas premium, de produtos de mecânica, eletrónica, baterias e lubrificantes.

Considera que para crescer têm de aumentar o vosso portfólio de marcas?
A nossa oferta atual não esgotou ainda o seu potencial de crescimento, tendo ainda espaço para fazer mais e melhor. Temos a consciência que nos faltam algumas linhas de produtos para tornar a nossa oferta mais global e completa. Estamos a trabalhar na análise dessas gamas para que entrem na oferta em breve.

Estão a preparar-se para lançar um projeto de venda de equipamento de diagnóstico e software técnico. Para quando este lançamento? Quando perceberam que era importante começarem a comercializar este tipo de equipamento?
De facto, temos previsto lançar um projeto de venda de equipamento de diagnóstico e software técnico, em parceria com um dos maiores e mais conceituados fabricantes mundiais desta área.

Este projeto enquadra-se na diversificação da nossa oferta, garantindo mais soluções de elevada qualidade aos nossos parceiros.

O diagnóstico e informação técnica são áreas fundamentais para o futuro da reparação no aftermarket, sendo imprescindível estarmos presentes nesta área de negócio.

Este projeto será implementado nos meses de Setembro/Outubro.

O aumento do número de marcas e de referências exige mais espaço de armazenamento. Como estão a resolver esta situação para aumentar o vosso stock?
O constante aumento do número de referências em stock é uma realidade que continua a fazer parte da nossa operação, sendo absolutamente imprescindível garantir que a nossa oferta está sempre atualizada.

Esta realidade resulta na necessidade de ter mais espaço de armazenamento disponível, o que é conseguido através da máxima otimização dos nossos armazéns, sendo de prever a necessidade de garantir mais espaço de armazém.

Estão a desenvolver a rede de retalho OpenStore, pelo que se distingue? Qual a importância para o vosso negócio?
A rede de retalho OpenStore é um projeto de parceria com retalhistas que já tem algum tempo e que concentra os parceiros preferenciais da AleCarPeças. É um projeto determinante que aglutina retalhistas que tem uma filosofia de distribuição alinhada com a estratégia que defendemos para o mercado.

Serviço, venda de produtos de qualidade original e garantia de rentabilidade são fatores determinantes para o sucesso das organizações e futuro das operações.

O custo médio das peças vai continuar a aumentar em 2022. Que efeitos esta situação poderá trazer para o mercado?
Mais que o aumento das peças, o grande impacto será o do aumento generalizado do custo de vida. Este aumento resultará inevitavelmente numa menor disponibilidade financeira para fazer face aos custos do dia-a-dia, o que por consequência resultará na necessidade de fazer escolhas no momento de adquirir bens e serviços.

Na prática poderemos assistir ao adiar de intervenções nos veículos e ao limite na sua paragem. Se tal suceder assistiremos a uma redução potencial volume de negócios.

Considera que os utilizadores vão privilegiar as marcas low-cost em detrimento das premium, como alternativa à escalada de preços?
É uma possibilidade real.

Face às dificuldades com os transportes e à falta de matérias-primas, até quando poderá haver escassez de oferta de produto?
É uma incógnita. Tudo depende da evolução de fatores globais que não são facilmente controláveis.

A idade média do parque automóvel continua a aumentar. Considera que esta situação é benéfica para a venda de peças?
Por agora estamos a beneficiar desse fator. A médio prazo esta situação não é benéfica, pois sem carros novos o parque automóvel torna-se “inviável” para o nosso negócio.

Os carros elétricos têm menos 60 a 70% da manutenção da que têm atualmente os carros com motor a combustão. O que está a fazer a sua empresa para compensar esta quebra de negócio?
Mais que tudo estamos atentos á evolução e as soluções que os nossos parceiros disponibilizam para o aftermaket, de forma a estar na linha da frente na oferta dessas soluções ao mercado.

O impacto real dos carros elétricos no nível de negócio ainda não se verifica e deverá ter um impacto progressivo no volume de negócio nos próximos anos.

No atual panorama financeiro e económico ganhará protagonismo a solução peças reconstruídas?
Não vejo que este cenário potencie a venda de peças reconstruídas. Fazemos claramente a distinção entre peças reconstruídas e usadas. As reconstruídas pressupõem a existência de um processo de controlo de qualidade o que resulta num nível de preços algo inferior as novas, mas não demasiado distante.

No caso das usadas sim, pode existir uma maior venda, pois a completa falta de qualquer controlo de qualidade ou responsabilidade sobre a sua venda, nomeadamente em peças de segurança, resulta numa diferença de preços significativa.

A digitalização do negócio, através de plataformas B2B assume uma importância cada vez maior na relação com as oficinas. Como define a vossa plataforma B2B a nível de rapidez e eficiência?
É uma solução que permite aos nossos clientes gerir toda a relação com a nossa empresa de forma simples, prática e funcional.

Pelo quê que se distingue a vossa nova app da Alecarpeças?
Este novo formato que agora lançamos pretende acompanhar a tendência que o utilizador tem vindo a preferir. O uso de smartphones e a mobilidade são fatores cada vez mais relevantes para os nossos clientes e assim lançamos este formato que pretende dar resposta a esta tendência.

Não inventamos a roda. O formato continua a ser simples, pratico e funcional.

Como estão a conseguir fidelizar os vossos clientes numa altura em que a concorrência é cada vez maior?
Pelo serviço, pelo profissionalismo de toda a equipa, pela disponibilidade de stock, pela oferta de produtos e soluções de qualidade superior.

Que desafios se colocam ao futuro da sua empresa?
Essencialmente garantir uma consolidação do trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos anos.

O mercado está a sofrer alterações relevantes que “mexem” com a sua estrutura, resultando na alteração da relação de forças de players de relevo.

Estamos atentos a esta realidade e preparados para evoluir com o mercado.

Como está a ser o desempenho da AleCarPeças este ano 2022?
No primeiro semestre tivemos um crescimento de dois dígitos, que esperamos se venha a verificar no final do ano.