Exportação Componentes Automóveis atingem número recorde

01 - Exportacao Componentes Automoveis atingem numero recorde

Segundo a AFIA, as exportações de componentes automóveis mantêm o seu ritmo de recuperação e ultrapassam os mil milhões de euros, ao registar no mês de novembro uma subida de 13,3%, relativamente a 2021

De acordo com os dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, as exportações de componentes automóveis mantêm, no mês de novembro, um registo de recuperação, tendo superado os mil milhões de euros. Este valor representa uma subida de 13,3% relativamente ao mesmo mês de 2021 e, consequentemente, um aumento pelo sétimo mês consecutivo.

No que se refere ao acumulado até novembro, as exportações de componentes automóveis alcançaram os 9,5 mil milhões de euros, o que significa um aumento de 7% face ao período compreendido entre janeiro e novembro de 2021.

Já no que diz respeito às exportações de componentes automóveis por país, Espanha continua na primeira posição com vendas de 2.587 milhões de euros (+0,7%), seguida pela Alemanha com 2.168 milhões de euros (+19,5%). Na terceira posição continua a França, com 961 milhões de euros (-6,4%), os Estados Unidos da América estão no quarto lugar com 569 milhões de euros (+24,8%) e, finalmente, na quinta posição surge o Reino Unido, com 379 milhões de euros (-9,5%). Este top 5 de países continua a representar 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

O comportamento das exportações para a Alemanha, o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, que aumentaram 19,5% relativamente aos primeiros onze meses de 2021, continua a merecer destaque positivo, assim como as exportações de Espanha, principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, que voltaram a aumentar 0,7% relativamente ao acumulado até novembro do ano anterior. Por último, destacamos ainda os EUA, que continua a ser o 4º mercado cliente das exportações de componentes automóveis produzidos em Portugal, e que registaram também um aumento de 24,8%.

De uma forma menos positiva, as exportações para França, apesar de manter o seu lugar como o terceiro país cliente dos componentes automóveis fabricados em Portugal, diminuíram 6,4% face aos onze primeiros meses do ano passado. Também as exportações para o Reino Unido continuam em queda contínua, tendo caído 9,5%, entre janeiro e novembro de 2022.

Ainda assim, existe um ambiente de grande complexidade no que se diz respeito ao planeamento da produção quer pelas razões apontadas em comunicações anteriores – como é para a situação geopolítica, determinada pela guerra na Ucrânia e a tensão entre os EUA e a China; as disrupções nas cadeias de abastecimento; a escassez de semicondutores e outras matérias-primas; a inflação dos custos das matérias-primas, energia e transporte – ao que agora temos que somar as incertezas de abastecimento, consequentes das paragens de produção na China devido à vaga pandémica que afeta este país. As empresas associadas da AFIA manifestam preocupação e há um acréscimo de incerteza evidente, que exige toda a concentração no processo de gestão e em muitos casos a adiar os planos de investimentos, que como vimos dizendo é exigente para as empresas se manterem competitivas,

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 09 de janeiro pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.