Olipes revela sete dicas de armazenamento para lubrificantes
Os óleos lubrificantes e as massas, como a maior parte dos materiais, deterioram-se com o tempo. Para melhor colmatar esse problema, a Olipes apresenta um conjunto de boas práticas no que toca ao seu armazenamento
A Olipes, empresa espanhola especializada no desenvolvimento e fabrico de óleos e massas lubrificantes, líquidos de refrigeração anticongelantes, óleos de travões e outros fluidos para automóveis, indústria, transporte e maquinaria agrícola e pesada, recomenda que se mantenham boas práticas de armazenamento dos óleos lubrificantes e das massas, para que estejam sempre disponíveis quando forem necessários, efetuando uma rotação das existências que garanta que são utilizados antes, caso se verifique alguma perda significativa no seu rendimento.
A Olipes relembra que o ambiente de armazenamento afeta em grande medida a vida útil prevista dos lubrificantes e massas. Tanto o calor elevado, mais de +43 ºC, como o frio extremo, menos de -18 ºC, podem afetar a sua estabilidade. O calor aumentará o nível de oxidação do óleo, enquanto o frio pode provocar a criação de ceras e a formação de sedimentos. Além disso, a exposição alterna ao calor e ao frio pode provocar a aspiração de contaminação e humidade nos bidões. Uma gama de temperaturas entre os -18 ºC e os +43 ºC é aceitável para o armazenamento da maioria dos óleos lubrificantes e massas.
A luz também pode afetar a cor e o aspeto dos lubrificantes. Estes devem-se manter nos recipientes originais opacos de metal ou plástico em que foram embalados. Além disso, a Olipes também refere que a água reage com alguns aditivos lubrificantes e pode provocar o desenvolvimento microbiano na interface do óleo/água. Os lubrificantes devem, por isso, ser armazenados num lugar seco, preferivelmente em zonas de interior.
Também se deve ter um especial cuidado – enfatiza o Serviço de Atendimento Técnico (SAT) da Olipes – para se evitar a contaminação de partículas atmosféricas. Os bidões e outros recipientes de lubrificantes não devem estar armazenados em zonas onde exista um alto nível de partículas no ar. Isto é especialmente importante quando se armazenar um recipiente que tenha sido utilizado parcialmente para o seu uso posterior.
E a nível ambiental, o oxigénio e o dióxido de carbono podem reagir com os lubrificantes e afetar a sua viscosidade e consistência. Para os proteger adequadamente, é necessário manter selados os recipientes dos lubrificantes até à sua utilização.
O SAT da Olipes recomenda assim, sete dicas essenciais para criar boas condições de armazenamento tanto para óleos lubrificantes como massas:
– Armazenar os óleos lubrificantes e massas numa zona de interior seca e fresca, onde a quantidade de partículas no ar seja mínima. O armazenamento no interior também evita a deterioração da etiqueta e do recipiente pela exposição às condições ambientais. A gama ideal de temperaturas de armazenamento é de 0 ºC a +25 ºC;
– Se os bidões estiverem armazenados no exterior, recomenda-se a utilização de cobertores de plástico ou a colocação dos bidões de óleo com as bocas afastadas da água e da contaminação. De igual modo, as massas devem ser sempre armazenadas em posição vertical, para se evitar a separação do óleo;
– Quando for necessário, deve-se aclimatar a massa à temperatura de uso adequada antes do início da utilização da mesma;
– Rodar o inventário. Verificar a data de enchimento do recipiente e utilizar primeiramente o mais antigo;
– Manter os recipientes bem fechados ou cobertos, para se evitar a contaminação;
– Limpar as tampas e as bordas dos recipientes antes de os abrir, para se evitar a contaminação;
– Utilizar ferramentas e equipamentos limpos ao bombear ou manusear lubrificantes e massas.
Existem condições de armazenamentos adicionais que afetam particularmente as massas. As alterações nas propriedades destas durante o seu armazenamento dependem do tipo de espessante e da concentração, dos óleos de base e dos aditivos que foram utilizados. Uma condição adicional que afeta habitualmente as massas é a separação de óleo. O óleo separa-se de forma natural da maioria das massas. As temperaturas que ultrapassem os +43 ºC podem acelerar a separação do óleo. Se a massa lubrificante for retirada do bidão ou do recipiente, a superfície da massa lubrificante deve ser alisada (basta mexer a superfície com uma espátula), para se evitar a separação do óleo nas cavidades da superfície.
“Se uma embalagem fechada com um produto ultrapassar a sua vida útil prevista, é possível que ainda se possa utilizar. O produto deve ser analisado e comparado com as características do original. Para tal, é necessário misturar bem o conteúdo do recipiente para se garantir que o produto é uniforme e recolher uma amostra representativa para se efetuar a análise. Se os resultados da análise estiverem dentro das características originais, isso indicará que é adequado para ser usado. Depois da análise, se o produto não for consumido ao longo de um ano, deverá ser destinado à sua reciclagem”, afirmou Fernando Díaz, codiretor geral executivo da Olipes.
“Recomendamos aos utilizadores dos óleos lubrificantes e das massas que verifiquem o rendimento e as características do produto em conformidade com os requisitos do fabricante do equipamento no momento do seu uso. A concepção e as características do equipamento podem mudar com o tempo, fazendo com que um produto antigo fique obsoleto para os novos equipamentos”, concluiu.