Pandemia trouxe incertezas ao pós-venda

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O primeiro trimestre 2021, foi muito atípico, assim como foi todo o ano de 2020, no entanto devido ao confinamento nacional houve uma queda notória na atividade do setor. Na Europa os movimentos são muito diferentes, depende como estão a decorrer as terceiras vagas da pandemia e as medidas que cada país implementou.

A pandemia, veio trazer ainda mais incertezas ao pós-venda, pois se já estava quase tudo a mudar, com ela veio acelerar tudo. Algumas grandes empresas estão já a mudar o seu modelo de negócio, porque antes da pandemia, solicitaram vários estudos de mercado para analisarem e estudarem a viabilidade de realizar as alterações. Outras estão neste momento a realizar as suas alterações no modelo de negócio, ajustando os seus departamentos. Ainda temos muitas outras que estão completamente à deriva e a sofrer. Para as empresas que estão sempre à frente do mercado, as pioneiras, o impacto é mínimo e algumas até crescem nesta altura.

O dinamismo durante a pandemia foi fundamental para não perder o comboio. Algumas empresas criaram serviços adicionais e ajustaram o seu negócio, oficinas independentes aderiram a redes oficinais e outras estão neste momento a pensar nessa opção. As próprias redes de oficinas têm cada vez mais concorrência, logo têm que prestar um serviço ainda melhor para poderem cativar mais oficinas. Neste momento, existem só em Portugal 56 redes de oficinas, distribuídas por Mecânica, Serviços Rápidos, Auto Centros, Especialistas de Pneus, Chapa & Pintura, Especialistas de Vidros, Elétricos, etc.

O uso do carro diminuiu muito com os confinamentos, como era de esperar, logo o número de entradas nas oficinas foi menor. Por outro lado, o valor por entrada subiu, pois muitas oficinas aproveitavam que o veículo fizesse a inspeção e faziam também a revisão anual. Esta prática já era realizada por algumas oficinas e agora quase todas aproveitaram.

Algumas oficinas têm reclamado o atraso na entrega de peças e problemas de disponibilidade das mesmas, devido a quebras de produção dos fabricantes. Esta situação, além de alguma quebra de stock pontual é também originado pela diminuição de pessoal para realizar as entregas, como também pelo ajuste que algumas casas de peças estão a realizar, pois com uma diminuição de faturação algumas rotas já não fazem sentido realizar mais de uma entrega por dia.

Fonte: GIPA