SEPRONA e CETRAA reúnem-se para discutir oficinas ilegais

02 - SEPRONA e CETRAA reunem se para gerir reclamacoes sobre oficinas ilegais

A Comissão Ilegal do CETRAA, recebeu denúncias de oficinas clandestinas que serão avaliadas pela Guarda Civil espanhola  

A Comissão Ilegal do CETRAA, representada por Lara Torres Laguna, coordenadora da Confederação, e Luis Mascaró, secretário geral da ATAYAPA, reuniu-se com funcionários da UCOMA (Unidade Operacional Ambiental Central) do SEPRONA (Serviço de Proteção de Natureza da Guarda Civil) numa reunião em que foi exposta a problemática das oficinas clandestinas em Espanha.

O relato feito foi de que se trata de um problema maior do que apenas para o resto das oficinas, “é na verdade um flagelo que afeta tanto as empresas do setor como os seus clientes”, refere.

Ambas as entidades concordam que este é um problema sério. Por este motivo, concordaram que a Confederação informará prontamente a SEPRONA das reclamações que receber online, para avaliação e eventual gestão.

“A Confederação quer salientar que a intrusão de oficinas clandestinas deixou de ser uma questão exclusivamente empresarial e passou a ser um dilema social, dadas as consequências negativas para a segurança rodoviária, o ambiente e a segurança industrial, sem esquecer a economia espanhola”, explica.

De acordo com os resultados recolhidos nas diferentes campanhas, das oficinas fiscalizadas, cerca de 20% são ilegais, ou seja, uma em cada cinco. Por sua vez, estima-se que a atividade das oficinas que cumprem rigorosamente a legislação em vigor diminua na mesma proporção.

O CETRAA lembrou ainda que muitos utilizadores recorrem a este tipo de instalações pensando erradamente que vão poupar dinheiro. As oficinas clandestinas podem parecer mais baratas porque não pagam impostos, contribuições sociais, nem aplicam 21% de IVA, etc., mas também não têm acesso a formação adequada, instalações ou ferramentas adequadas para realizar o trabalho.

“A realidade é que são muito mais caros, não só pelos preços que finalmente aplicam, mas pelas consequências das suas intervenções. Na verdade, é comum que as oficinas legalmente estabelecidas tenham que resolver problemas causados por más reparações”, frisa.

“Além disso, a prática destas atividades fraudulentas acarreta outros efeitos negativos como a limitação dos direitos do consumidor em termos de garantia de reparação, a ausência de prevenção de riscos profissionais ou o perigo gerado para a segurança rodoviária devido à qualidade duvidosa tanto das reparações como dos materiais e peças de reposição utilizados”, afirma. “Como mencionado antes, a isto devemos acrescentar o impacto ambiental da utilização e, sobretudo, da eliminação de resíduos tóxicos”, sublinha.

O CETRAA criou um departamento de reclamações em 2014. Trata-se de uma secção alojada no seu site onde os cidadãos podem denunciar anonimamente este tipo de práticas irregulares. Através desta ferramenta, são registradas anualmente mais de 1.000 denúncias de oficinas ilegais.

“O CETRAA considera que esta colaboração é um passo em frente na tentativa de alcançar uma solução satisfatória para todos e aprecia a disponibilidade da SEPRONA em ajudar na luta contra este flagelo”, remata.