“Somos um parceiro global, e não nos focamos apenas na venda de peças”, Ricardo Venâncio, Autozitânia
Apresentar uma proposta de valor com imensas mais valias é o propósito diário da Autozitânia para com os seus clientes. Para isso, a empresa tem feito uma forte aposta numa das suas maiores estratégias: aumentar o portfólio de marcas, produtos e de gamas
Esta estratégia de crescimento, levou a empresa a apostar num novo centro logístico em Leiria que acabou por ser um 2 em 1 para a empresa. Para além de aumentar a capacidade de armazenamento reforçou a sua presença e negócio no mercado da zona de Leiria e da Região Centro de Portugal, aumentando a proximidade com os seus parceiros desta zona e região.
Crescer faz parte do ADN da empresa, e há cerca de um ano, integravam a Bragalis no seu negócio já com um propósito bem vincado.
A AD Parts, o maior grupo aftermarket da Península Ibérica, continua a ser uma das maiores apostas do grupo Autozitânia. Além da exclusividade da marca AD Premium Private Brand, a oferta alargada a nível de serviços é um suporte essencial para os seus parceiros, desde a formação até ao apoio técnico especializado.
Apesar das contrariedades do mercado, as expetativas até final do ano são muito otimistas, e vai continuar a crescer de forma sustentada.
Como é constituída a oferta atual da vossa empresa, a nível de marcas e gamas de produtos?
A nossa oferta é muito completa, conseguimos uma elevada cobertura do parque automóvel quase na totalidade das gamas e linhas de produtos, distribuídas por todas as marcas que comercializamos. A nossa oferta é transversal, mas o nosso foco é a qualidade, nas marcas e produtos que oferecemos.
Consideram que para crescer têm de aumentar o vosso portfólio de marcas?
O aumento do portfólio de marcas é uma das nossas estratégias para crescer, seja a nível de novas marcas e produtos de gamas que já comercializamos, seja através da exploração de novas gamas de produtos ou até de novas áreas do setor aftermarket.
O aumento do número de marcas e de referências exige mais espaço de armazenamento. Foi por esta razão que decidiram apostar num novo centro logístico em Leiria?
O aumento do número de marcas e de referências e a consequente necessidade de mis espaço de armazenamento foi uma das razões para o investimento apostar num novo centro logístico em Leiria. Contudo, não foi o único.
A abertura das nossas novas instalações de Leiria foram muito importantes para o Grupo Autozitânia a nível estratégico, e permitem reforçar a nossa cobertura geográfica a nível nacional.
Estas instalações têm uma localização e posição estratégica para a nossa empresa, porque se encontram numa zona geográfica mais centralizada no nosso país, o que permite que este centro seja uma plataforma logística central entre o norte e o sul de Portugal, sendo um importante ponto de distribuição que liga todos os nossos armazéns espalhados pelo país.
No fundo, o objetivo foi reforçar a nossa presença e negócio no mercado da zona de Leiria e da Região Centro de Portugal, aumentando a proximidade com os nossos Parceiros desta zona e região.”
Como tem estado a correr a integração da Bragalis no Grupo Autozitânia?
A integração da Bragalis tem ocorrido de uma forma muito positiva, dentro das perspetivas segundo o nosso planeamento, e neste momento já foram alcançadas sinergias muito fortes e com grandes mais valias para os nossos Parceiros. Esta integração é um processo continuo, que vai permitir tornar-nos mais fortes e com maior cobertura a nível nacional, pelo que continuamos a trabalhar no crescimento de sinergias entre as empresas do nosso grupo, de forma a criarmos cada vez mais valor para os nossos Parceiros.
Pelo quê que se distingue o projeto AD? Qual a importância da AD para a Autozitânia?
A AD é um dos maiores grupos internacionais na Europa, e sendo o Grupo Autozitânia o sócio da AD Parts em Portugal, conseguimos oferecer em exclusivo no nosso país, incríveis mais valias a todos os níveis para negócio dos nossos Parceiros.
Além da exclusividade da marca AD – Premium Private Brand, a oferta alargada a nível de serviços para o negócio é um suporte essencial para os nossos parceiros, desde a formação até ao apoio técnico especializado. De forma sintética, a AD oferece uma solução global One Stop Shop, com a disponibilização de todos os produtos e serviços que a oficina necessita para fazer crescer o seu negócio.
O custo médio das peças vai continuar a aumentar em 2022. Que efeitos esta situação poderá trazer para o mercado?
Um dos efeitos para o nosso mercado, poderá ser o aumento dos preços dos produtos para os consumidores, quando o nosso mercado não conseguir absorver mais o crescimento do custo médio das peças. Como consequência deste efeito, da inflação a nível geral e da diminuição do rendimento disponível das famílias, poderemos ter uma acentuada diminuição do consumo de peças automóvel, pois o cliente final poderá começar a optar por prolongar no tempo as manutenções do seu veículo, ou adiar a aquisição de produtos e peças que não sejam essenciais para o funcionamento do seu veículo.
Considera que os utilizadores vão privilegiar as marcas low-coast em detrimento das premium, como alternativa à escalada de preços?
Consideramos que poderá ser uma possibilidade, que irá depender da duração da subida da taxa de inflação a níveis elevados como observamos e da pressão sobre os preços dos produtos.
Face às dificuldades com os transportes e à falta de matérias primas, até quando poderá haver escassez de oferta de produtos?
É muito difícil prever e avançar com expectativas temporais, contudo é muito provável que a escassez de oferta de alguns produtos se prolongue por mais alguns meses no mínimo.
Contudo, estas expetativas poderão ser influenciadas caso assistamos a uma recessão, que origine uma quebra no consumo e desta tenhamos uma tendência de normalização desta situação. Na perspetiva otimista, consideramos que a situação apenas deverá ser normalizada no próximo ano.
A idade média do parque automóvel continua a aumentar. Considera que esta situação é benéfica para a venda de peças?
A elevada idade média do parque automóvel apenas é benéfica para a venda de peças até determinada idade. Consideramos que o aumento da atual, já elevada idade média do parque automóvel, não será benéfica para a venda de peças, pois os consumidores finais tendem a evitar adquirir peças não essenciais para a deslocação do veículo, ou a substituir a compra de peças novas, ou por peças low cost ou por peças em 2ª mão.
Os carros elétricos têm menos 60 a 70% da manutenção da que têm atualmente os carros com motor a combustão. O que estão a fazer para compensar esta quebra de negócio?
Neste momento, estamos a preparar-nos para essa nova realidade. Seja a nível de veículos elétricos, seja a nível de novas tecnologias incorporadas nos veículos mais recentes, que equipam com tecnologias da vez mais complexas.
Concretamente à quebra de negócio com os veículos elétricos, todos os operadores do nosso mercado devem prepara-se para uma nova realidade, com menos entradas de veículos em oficinas. As oficinas que tiverem melhores ferramentas e condições para trabalhar em novas tecnologias estarão mais preparadas para enfrentar este desafio.
Como definem a vossa plataforma B2B a nível de rapidez e eficiência?
A nossa plataforma B2B é muito completa, com muita informação não só de disponibilidade e condições dos produtos, mas também com informação técnica muito abrangente e completa.
Apesar de ter todas estas funcionalidades, tem uma ótima resposta a nível de rapidez e torna-se uma ferramenta muito eficiente pelo facto de no mesmo local, os nossos clientes conseguirem aceder a toda a informação essencial para o seu negócio, a qualquer momento e em qualquer lugar.
Como estão a conseguir fidelizar os vossos clientes numa altura em que a concorrência é cada vez maior?
Apresentando uma proposta de valor com imensas mais valias para os nossos clientes. Atualmente somos um parceiro global, e não nos focamos apenas no nosso core business, vamos muito além da venda de peças.
Um dos nossos fatores diferenciadores sempre foi o nosso Serviço Logístico de Excelência, e cada vez mais alargamos os serviços que disponibilizamos aos nossos parceiros, ajudando-os a melhorar e a fazer crescer o seu negócio, em áreas cada vez mais essenciais como a formação, o apoio técnico, marketing e comunicação, entre outros.
Que desafios se colocam ao futuro da Autozitânia?
Um dos principais desafios que se colocam à nossa empresa é a concentração de negócio aftermarket. O mercado segue a tendência de diminuição do número de players, com uma dimensão cada vez maior, que absorvem maior quota de mercado e aumentam a concorrência, tornando-a cada vez mais agressiva.
Como está a ser o desempenho da Autozitânia este ano 2022?
O desempenho do Grupo Autozitânia durante o primeiro semestre de 2022 foi muito bom, temos conseguido crescer de forma sustentável, conseguindo oferecer cada vez mais uma proposta global de valor aos nossos parceiros, que têm crescido connosco. As nossas expetativas até final do ano são muito otimistas, esperamos continuar a desenvolver o nosso negócio e a crescer de forma sustentada, como tem acontecido desde o início do ano.