Vendas de BEVs usados aumentam pelo terceiro mês consecutivo
O 58.º relatório do Observatório INDICATA revelou que as vendas de BEVs usados aumentaram, destacando-se também o crescimento dos híbridos e as mudanças nas quotas de mercado em Portugal e na Europa
O 58.º relatório do Observatório INDICATA, que analisa o estado atual do mercado de veículos usados na Europa, incluindo Portugal, com dados até 30 de novembro, destacou um aumento contínuo nas vendas de BEVs usados. Estes veículos cresceram 6,0%, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento, enquanto os híbridos atingiram 10,1% de cota no mercado de usados.
Em Portugal, a situação é igualmente positiva, com os BEVs a atingirem uma quota de mercado de 8,8%, enquanto os híbridos chegaram aos 13,8%. O mercado da gasolina teve uma queda significativa de 32,7%, e o gasóleo desceu para 44,7%.
No segmento de veículos ligeiros de passageiros jovens (até dois anos), o crescimento foi moderado, com a quota do mercado dos híbridos a aumentar para 11% e a dos BEVs para 15%. A Volkswagen, embora seja a maior marca de veículos ligeiros de passageiros, teve uma quota de híbridos de apenas 2,9%, abaixo da média. Já as furgões usadas jovens alcançaram uma quota de mercado de menos de 6%, demonstrando que ainda há um longo caminho a percorrer.
Além disso, a taxa de registo de veículos novos, como os eFurgões, manteve-se estável entre 6% e 7,7%, o que sugere que o aumento do afluxo ao mercado de usados será gradual nos próximos meses e anos.
Apesar das melhorias nos BEVs e do abrandamento nas vendas de veículos a gasolina, o mercado de usados ainda enfrenta desafios, com expectativas de queda nos preços em 2025.
“Minimizar o stock e melhorar o balanço através de ajustes de preços no final do ano é comum entre os vendedores de automóveis usados, mas as perspectivas e a expectativa de que os preços continuarão a cair em 2025 podem alimentar uma guerra de preços antecipada”, afirmou o diretor global do INDICATA, Andy Shield.
Quanto aos veículos de fabricantes chineses, os primeiros volumes observáveis de veículos ligeiros de passageiros não mostraram uma tendência significativa de redução ou pressão sobre os preços, com estabilidade de preços e uma tendência positiva em veículos comerciais ligeiros.
