“Vou honrar o legado do meu avô”, Guilherme Mendes, A. Vieira
No ano em que assinala o 50.º aniversário, a A. Vieira prepara-se para triplicar o espaço de armazenamento, com o aumento das instalações de Baguim, em Rio Tinto, onde atualmente estão em stock mais de 40 mil referências num valor de 3,5 milhões de Euros. Para falar sobre o projeto atual da empresa, fomos recebidos por Guilherme Mendes, que está à frente do negócio desde o falecimento do avô, José Branco
Orgulhoso do legado deixado pelo avô, Guilherme Mendes herdou-lhe o gosto pelas peças e quer seguir-lhe as pisadas, mantendo a A. Vieira “com projeção de crescimento, tal como ele fez ao longo destes anos”.
O administrador recorda que José Branco veio de Moçambique, onde tinha “uma pequena casa de peças” e manteve-se no ramo automóvel, começando por fazer parte da empresa Lemos, Santana & Branco e, “na altura em que surgiu a hipótese de investir na A. Vieira, o meu avô apostou 100%, e, felizmente, acho que fez a escolha certa!”, afirma.
Ao lado de Guilherme, é o diretor comercial, Ângelo Coelho, quem nos conta um pouco da história da casa, que arrancou “numa loja pequenina, com 800 m2 e a pouco e pouco foi expandindo. A primeira sede era uma loja em Guimarães que o senhor José Branco comprou ao Sr. Vieira [fundador da empresa], que depois foi para Braga, onde fundou também a Vieira & Freitas”. O mesmo revela que um dos marcos da empresa foi a aquisição, em 2000 e 2002 dos atuais armazéns, que permitiu, na altura, “dar um pulo muito grande”. Mais tarde, destaca, é incontornável “a entrada na Temot, em 2020”.
A integração no grupo internacional de compras Temot, enquanto acionista, permitiu à A. Vieira introduzir novas marcas no portfólio e, sobretudo, criar sinergias, pois Guilherme Mendes é do entendimento de que “hoje em dia não conseguimos sobreviver sozinhos e isolados no mercado e esta foi uma grande evolução da empresa nos últimos dez anos”, clarifica.
Em 2022 foi ainda anunciada a entrada da A. Vieira no grupo Motorpartner, juntamente com empresas com longa tradição e reputação no aftermarket português, que se uniram em alinhamento estratégico para conseguir as melhores ferramentas de forma a manter a trajetória de crescimento. No entanto, com as várias aquisições que se sucederam entre os acionistas, o projeto acabou por ficar “em banho maria”, como explica Ângelo Coelho, mesmo que Guilherme Mendes garanta que “é uma aposta que não está descartada”.
Em todo o país
A empresa de Baguim (Rio Tinto), é uma das líderes nacionais no comércio (grosso e de retalho) de peças e acessórios para automóveis, incluindo lubrificantes e ferramentas e dispõe hoje de dois armazéns logísticos, duas lojas próprias e outras duas associadas, onde trabalham cerca de 60 colaboradores. Consegue cobrir todo o território continental e ilhas, com uma abrangência que já lhe permite considerar-se um fornecedor global a nível da mecânica para as oficinas, com destaque para marcas como “a Hella Pagid, a Purflux, a UFI, que o meu avô já trabalhava há muitos anos e a SASIC, com a qual o meu avô começou a parceria ainda em Moçambique. Temos também a Eurol, na parte dos óleos, a febi, a Sachs… o portfólio é vasto, estas são apenas algumas que salientamos”, diz-nos Guilherme Mendes, sem esconder que há novos projetos na calha, mas que estão à espera de espaço de armazenamento, como é o caso da área da eletrónica. Comercializam também algumas referências ao nível das ferramentas e equipamentos, onde evidencia a marca norte-americana KS Tools. As entregas são tridiárias, feitas, “a nível da revenda, maioritariamente com transportadores. Já nas lojas temos viaturas próprias para fornecer as oficinas locais e mesmo reabastecer as próprias lojas daqui da zona”, explica.
Para celebrar o 50º aniversário da empresa, a A.Vieira tem uma surpresa, saiba qual na edição impressa do Jornal das Oficinas de junho/julho, aqui.