Portugueses querem voltar ao trabalho presencial
Maior vontade em regressar ao local de trabalho, confiança nas vacinas e um maior otimismo sobre novas oportunidades de trabalho no final do ano, estas são algumas das principais conclusões do primeiro Workmonitor 2021 da Randstad.
Os mais recentes resultados contrastam com o que era sentido em 2020 em que havia uma clara preferência em trabalhar remotamente. Atualmente, 77% dos trabalhadores que estão a trabalhar remotamente em Portugal querem regressar ao local de trabalho. Uma tendência que se mantém se olharmos para os resultados globais (78%) ou da Europa (77%).
Vacinas aumentam a confiança no local de trabalho
59% dos portugueses considera que terá mais oportunidades de emprego depois de ser vacinado. Um valor que desce na média europeia para os 49% e a nível global está nos 56%. Os países com menos confiança nesta relação entre a vacina e o trabalho são a França (34%), o Luxemburgo (34%) e a Suíça (35%) e em sentido contrário a India (86%), China (80%) e o Brasil (77%).
A confiança no local de trabalho é também reforçada quando os outros forem vacinados (55% Portugal, 48% Europa e 53% Global). A Suiça volta a estar entre os que menos demonstra esta preocupação juntamente com a Hungria e República Checa. Em sentido contrário voltamos a encontrar a India e o Brasil mas desta vez com a Malásia.
Quanto a preferir continuar a trabalhar de casa até a vacina ser amplamente administrada, 59% dos portugueses estão de acordo, um valor semelhante ao Global (51%) mas que está acima da média Europeia (45%).
Para os inquiridos em Portugal, se a vacina estivesse disponível, 85% estariam dispostos a tomar para continuarem a trabalhar (71% Europa e 75% Global).
Os dados recolhidos pela Randstad mostram que, entre todos os trabalhadores remotos, mais de um terço dos jovens entre os 18 e os 24 anos sentiam-se sozinhos. Trata-se da maior percentagem entre todas as faixas etárias e em Portugal o valor (42%) está mesmo acima da média Europeia (38%) e Global (34%).
É importante os empregadores estarem especialmente vigilantes quanto a este problema, porque os problemas de saúde mental podem afetar não só a produtividade da força de trabalho, mas também o bem-estar dos colaboradores mais jovens. Esta questão ganhou uma urgência à medida que países como o Japão dedicaram mais recursos para combater a solidão e o isolamento. No início deste ano, o Japão nomeou um ‘Ministro da Solidão’ para combater o aumento da taxa de suicídio no país.