Andel afirma-se no mercado ibérico

02 - CongressoAndel

Com a realização do seu IX Congresso no Porto, nos dias 2 e 3 de março, a Andel afirma-se com um grande distribuidor de peças ibérico, já presente em Portugal com um amplo armazém e uma rede de retalho em crescimento

O IX Congresso Andel teve como lema “União, Compromisso e Futuro” e decorreu no auditório do Hotel Hilton, em Vila Nova de Gaia. Contou com a presença de mais de trezentos profissionais entre lojas associadas, fornecedores e imprensa, que assistiram a interessantes apresentações de vários oradores convidados.

Crescimento impulsionado por uma boa gestão
Enrique Junquera, diretor geral do grupo Andel, deu as boas vindas aos convidados e durante o seu discurso apresentou os números que confirmaram o bom desempenho que a empresa tem tido ao longo dos últimos anos. Com um crescimento exponencial nos impulsionado por uma boa gestão num contexto geral de crise de abastecimento e de aumento contínuo das tarifas, o grupo alcançou em 2022 uma faturação global de 49,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 9,17% comparativamente a 2021 (45,1 milhões euros).

No que diz respeito ao crescimento do negócio, vale a pena destacar a evolução do stock de peças, que é sem dúvida fundamental para o bom desempenho conseguido. Assim, de um stock no valor de 8,9 milhões de euros em 2020, passou para 14,9 milhões de euros em 2022, um crescimento que representou +33% em 2021 e +25,79% em 2022.

No período de 2014 a 2022, o volume de negócio passou de 23,2 milhões de euros para 49,2 milhões, ou seja, em menos de oito anos conseguiu duplicar o volume de negócio e conta atualmente com 120 lojas e 177 pontos de venda.

Gerem mais de um milhão de encomendas, 97% das quais são colocadas através da sua intranet, prestando serviço a partir dos armazéns localizados em Sevilha, Madrid, Barcelona, Málaga e Porto, onde possuem 91.212 referências e uma taxa de fornecimento de 94%. Só durante o ano de 2022, foram criadas 2022 novas referências.

Futuro do aftermarket em debate no IX Congresso Andel
Em formato de mesa redonda, Carlos Martín (Ancera), Joaquim Candeias (Figiefa) e Benito Tesier (Sernauto), debateram sobre o presente e o futuro imediato do mercado pós-venda.

Benito Tesier quis contextualizar a situação atual do mercado automóvel e o compromisso europeu de descarbonização. “Na indústria, estamos a sofrer uma transformação forçada. Hoje são produzidos menos veículos e a idade do parque não para de aumentar. O desafio para os fabricantes é enfrentar a transição tecnológica, que não vai passar apenas pela eletrificação pura, porque é uma alternativa cara e não existe estrutura de carregamento. A renovação dos veículos não é prioridade para as famílias e a tendência é manter os carros que possuem. Por isso o aftermarket vai continuar a crescer e as oficinas multimarca vão reforçar o papel de liderança que têm mantido”.

A concentração foi tema central do debate e Joaquim Candeias referiu que o “grupo Andel é um exemplo de concentração e tem sido bem sucedido durante o processo. Acredito que o futuro passará, certamente, pela concentração do negócio da distribuição de peças. Estas alterações vão garantidamente ajudar o aftermarket a manter-se ativo por muitos anos, contribuindo profundamente para o seu dinamismo.”

Olhando para o futuro, Carlos Martín disse que o setor “tem resistido muito bem aos problemas socio económicos, graças aos excelentes serviços dos fornecedores e distribuidores. As perspetivas são boas, com os problemas de abastecimento a diminuir e a inflação a baixar”.

Objetivos bem definidos para Portugal
Enrique Junquera tem objetivos muito concretos para Portugal, conforme revelou ao Jornal das Oficinas “Vamos tentar ganhar espaço com um modelo de negócio transparente, assegurando o rastreio dos diferentes canais da distribuição, com a participação das lojas associadas”, esclareceu, adiantando que a atual oferta da Andel para o mercado, “é variada, trabalhamos diversas marcas premium em diferentes linhas de produto e ainda a marca Andel, que atualmente em Espanha é cada vez mais reconhecida e valorizada.”

O grupo Andel conta com Carlos Rosado para desenvolver o projeto em Portugal e pretende criar uma rede de lojas de forma seletiva, que operem no mercado com sentido de grupo.

Questionado sobre a estratégia da Andel para Portugal Enrique Junquera afirma “Vamos focar-nos no Serviço e na Disponibilidade, investimos bastante em processos informáticos que nos permitem otimizar os nossos armazéns através de uma intranet conectada às lojas associadas. Quanto ao armazém do Porto, tem 2.400 m2 com 8 metros de altura, pelo que possui, a médio prazo, uma ampla capacidade de armazenamento”.

A entrada em Portugal será complementada com o desenvolvimento de uma rede de oficinas que começará a ser implementada no início deste ano. “Atualmente contamos com uma rede de 256 oficinas em Espanha e todo o nosso esforço centra-se na informação e na formação, pois as oficinas têm de dispor da informação necessária para reparar qualquer veículo com segurança e no tempo adequado”, concluiu.

O grupo Andel pretende ser uma empresa de referência na sua área geográfica de ação, baseada numa cultura corporativa em que prevaleça uma gestão dinâmica, orientada para o atendimento e as necessidades dos clientes, e assente na vantagem competitiva proporcionada pela formação, experiência e dedicação da sua equipa, na excelência técnica nos processos e cumprimento dos prazos, tudo num ambiente e condições de desenvolvimento sustentável em termos económicos, social e ambiental.