“Estamos implicados a 100% na rápida e consistente recuperação”, Luís Santos, Impoeste
Especialista em tintas e equipamentos, a Impoeste aplicou pela primeira vez no terreno a solução 360º Scan junto das oficinas automóvel em 2020, “para tornar os processos oficinais de gestão e produção mesuráveis e facilmente ajustáveis e para atingir mais e melhores lucros”, diz Luís Santos, o diretor-geral da empresa
O responsável acrescenta que “o 360º Scan é a consequência de outras ferramentas que a «incubadora» de soluções Impoeste tem em funcionamento há vários anos e destina-se a empresas que queiram vencer os desafios atuais”. Trata-se de um programa de apoio à gestão, abrangente a toda a área de carroçaria, estando incluídas além do apoio à produção de pintura e chapa, o apoio às áreas de receção, orçamentação, controlo de qualidade e, claro, principalmente da gestão oficina.
Luís Santos afirma que não há no mercado um software “tão abrangente e diverso como este, robusto nos seus diversos conteúdos, mas de fácil aplicação, que se foca na efetividade do resultado e que se divorcia da componente comercial”.
Hoje em dia, os profissionais da reparação automóvel procuram cada vez mais a digitalização dos processos, quer seja a busca e pesagem automática da cor, as encomendas digitais ou a integração de diversos serviços e ferramentas. Neste sentido, além do software 360º Scan, a Impoeste está a propor soluções digitais já conhecidas e as recentes inovações ao nível da gestão e atualização de cor (espectrofotómetro, tablet, app no telemóvel), enquanto ferramentas de utilização diária e comum nas oficinas.
A Impoeste tem apostado forte nos últimos tempos na implementação da solução 360º SCAN junto das oficinas automóvel. Quais as mais valias desta solução para as oficinas?
Esta é uma solução para empreendedores que querem que as suas empresas sejam mais competitivas e melhores. É uma solução de apoio à gestão, abrangente a toda a área de carroçaria, estando incluídas além do apoio à produção de pintura e chapa, o apoio às áreas de receção, orçamentação, controlo de qualidade e, claro, principalmente da gestão oficinal. O programa abrange as áreas da orçamentação, chapa e pintura. No entanto, se na auditoria inicial for identificada alguma área que necessite de ser melhorada e que afete o resultado estamos preparados para atuar. O programa tem 4 etapas. Iniciamos com uma apresentação do projeto, é efetuada uma auditoria a toda a unidade, aplicamos e implementamos todas as componentes do programa e fazemos o acompanhamento critico.
Quais os aspetos diferenciadores deste programa face à concorrência?
Pelo que sabemos, não existe um programa no mercado tão abrangente e diverso como este, envolvendo um conjunto de entidades reconhecidas pelas suas competências e rigor. É um programa robusto nos seus diversos conteúdos mas de fácil aplicação, que se foca na efetividade do resultado e que se divorcia da componente comercial.
Quais as necessidades que os profissionais da reparação automóvel fazem chegar com mais insistência à Impoeste para se transformarem numa oficina mais moderna e rentável, com todos os processos digitalizados?
Os profissionais que estão na produção evidenciam uma grande expetativa na digitalização dos processos, ou seja, a busca e pesagem automática da cor, as encomendas digitais e a integração de diversos serviços e ferramentas. Os profissionais responsáveis pela gestão das empresas evidenciam mais expectativas na integração das ferramentas de produção no DMS, com a gestão dos stocks e acesso à informação em tempo real que o controlo digital das operações permite.
De que modo a falta de mão de obra especializada de pintores automóvel continua a afetar o setor da repintura?
Imenso. É um problema gravíssimo que não conseguimos sozinhos resolver. Temos que rever o quadro das profissões e preparar-nos para pagar salários mais altos. É um problema quando a produtividade não é adequada… Mais formação, mais formação ao nível da produtividade e talvez se consiga encontrar o caminho para resolver este problema.
Como a Impoeste está a apoiar as oficinas de repintura no processo de digitalização, designadamente da instalação dos sistemas de gestão de cor?
Para além do software 360ºScan, estamos a propor as soluções digitais que já são conhecidas e as recentes inovações ao nível da gestão e atualização de cor. – O espectrofotómetro, o tablet, as app no telemóvel, etc enquanto ferramentas de utilização diária e comum nas oficinas.
Ao final de quase dois anos de pandemia, os efeitos da crise para o negócio da Impoeste foram piores ou menores do que esperavam?
Muito piores que prevíamos. Fomos atingidos fortemente apesar de agora estarmos implicados a 100% na rápida e consistente recuperação.
Quais os grandes ensinamentos que a pandemia trouxe para a Impoeste, a nível da gestão, estratégias comerciais e prestação de serviços?
A grave crise provocada pela COVID19 é ainda um grande problema, ainda estamos a digerir o tema… Como grandes ensinamentos, novamente, o problema de concentração excessiva no segmento de mercado e no fornecedor. Há que diversificar, talvez este seja o grande ensinamento que podemos retirar desta lição: evitar concentrações.
Como a Impoeste está a preparar-se para o previsível decréscimo do mercado da repintura. Consideram diversificar o vosso negócio para outras áreas?
Sim, estamos a tentar diversificar para áreas próximas e nas quais a nossa especialização possa ser uma mais-valia.
Que desafios se vão colocar ao futuro da comercialização de tintas de repintura em Portugal?
Tenho dado a minha opinião sobre este tema ao longo dos anos e não tem variado muito… A forte apetência que os grandes fabricantes têm pela venda direta vai, cada vez mais, pela via da faturação OEM ou pelo investimento, o que faz com que os distribuidores sejam comprimidos em espaço de mercado e em margem. Por outro lado o mercado é pequeno… Vamos assistir a isto, menos mercado e menos margem para os distribuidores e o desafio é sempre o mesmo: como sobreviver e manter o negócio e a rentabilidade?