Reparações especializadas: Trabalhos subcontratados pelas oficinas
Muitas vezes, as oficinas não podem ou não lhes é rentável dominar todos os aspetos que uma reparação atual do veículo exige e veem-se obrigadas a subcontratar determinados trabalhos a oficinas especializadas
A reparação de veículos requer uma formação constante por parte das oficinas para que estejam a par dos novos métodos, ferramentas e processos de trabalho. Assim, têm de dispor de pessoal formado e de equipamentos atualizados constantemente, o que implica um grande esforço económico e tecnológico. Muitas vezes as oficinas não têm ferramentas e conhecimentos para realizar determinadas reparações e nestes casos a melhor solução é subcontratar os serviços.
Vamos de seguida analisar os trabalhos subcontratados com mais frequência pelas oficinas e para saber como estes trabalhos podem ser subcontratados, ou como podem ser as próprias oficinas a disponibilizar-se para os realizar de forma complementar ao negócio, procure informar-se.
Substituição de vidros para-brisas
A substituição dos para-brisas não representa para a oficina uma especial complicação. No entanto, as companhias de seguros estabelecem acordos com oficinas especializadas em substituição de vidros para a realização destas operações. O acordo entre a companhia de seguros e a empresa especializada consiste em estabelecer um valor fixo de dinheiro para a substituição do para-brisas, incluindo o adesivo de colagem do vidro e, por outro lado, o preço do para-brisas.
Calibração de sistemas ADAS
Os ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), ou sistemas de assistência à condução, contribuem para melhorar a segurança rodoviária e tornam a condução mais cómoda e segura, visto que detetam e interpretam as imediações do veículo, ajudando o condutor nas diferentes situações de perigo que possam ocorrer, para evitar acidentes ou reduzir as suas consequências. Entre os Sistemas ADAS mais importantes destacam-se o alerta de colisão frontal, o detetor de ângulo morto, o controlo de mudança involuntária de faixa e o reconhecimento de sinais de trânsito. Estes e outros sistemas de assistência à condução baseiam-se em sensores de controlo do espaço envolvente, como radares, câmaras ou equipamentos de ultrassons, e alguns deles encontram-se presentes no vidro para-brisas. Na maioria dos casos, a diferença do tempo de substituição do para-brisas, com ou sem câmara, é mínima, visto que o processo de desmontagem do para-brisas é totalmente igual. Ao tempo de substituição do vidro acrescenta-se o da calibração. Quando uma oficina subcontrata a calibração das câmaras ou de um radar, a oficina especializada cobra pelo trabalho uma quantia fixa em euros. Caso a oficina especializada efetue uma calibração, o equipamento de diagnóstico elabora um relatório, indicando se é satisfatória. O relatório é a justificação para o perito de que, efetivamente, a calibração foi realizada.
Eliminação da memória de erros
Este tipo de trabalhos aumentou em paralelo com a integração nos veículos de software de verificação e controlo de elementos mecânicos, elétricos e eletrónicos. Nos veículos manifesta-se no seguimento de uma falha no sistema afetado, com o aparecimento, no painel de instrumentos, de um pictograma, que avisa da referida falha ou que inclusivamente impede o arranque do veículo. Nestes casos, o que se faz é ligar a máquina de diagnóstico à tomada de OBD (OnBoard Diagnostics) para que detete uma série de códigos de erro, os quais até que não sejam eliminados não deixam de dar aviso de avaria. Outras vezes, a avaria não é corrigida até que não se renove o software do elemento afetado. De igual modo, quando se substitui um elemento, como um módulo eletrónico do sistema de airbags, é necessário reinicializá-lo para que funcione no veículo.
E não só! Fique a par da lista completa de trabalhos subcontratados, na edição impressa do Jornal das Oficinas de abril/maio.