DPAI/ACAP realizou 2.° Encontro de Empresários do Pós-venda
A DPAI/ACAP realizou, hoje, dia 19 de dezembro, o 2.° Encontro de Empresários do Pós-venda Independente, onde foram apresentados indicadores estatísticos sobre o negócio do pós-venda e as tendências de evolução.
Perante uma plateia composta por mais de 50 empresários do setor da distribuição de peças e fabricantes, Joaquim Candeias, presidente da DPAI, começou por fazer um balanço da atividade desta divisão em 2019, tendo destacado o trabalho desenvolvido a nível dos indicadores estatísticos sobre volume de vendas e desempenho das empresas distribuidoras de peças e pneus.
O responsável referiu, também, a aposta da DPAI nos recursos humanos e as ações realizadas com a ANQEP e IEFP, assim como o Programa Avançado de Gestão para Profissionais do Pós-venda Automóvel. A participação da DPAI na expoMECÂNICA, com a realização dos Jogos Mecânicos, a parceria com a IFEMA e a campanha” Comunicar” foram outras ações que a DPAI realizou durante o ano de 2019.
Observatório do pós-venda mais completo
Seguiu-se a intervenção de Pedro Barros, membro da Comissão Executiva da DPAI, que apresentou os dados mais recentes do “Observatório do Pós-venda Automóvel”. Um registo criterioso que permite analisar o desempenho do tecido empresarial do aftermarket nacional, de forma que os operadores acompanhem a sua evolução.
Trata-se de uma ferramenta essencial que permite aos empresários antecipar e preparar o futuro do negócio. E, não menos importante, para que todas as decisões dos vários players do mercado sejam sempre tomadas em antecipação e perfeita consciência.
Nesta edição o Observatório versa, essencialmente, sobre cinco temas cruciais: Estrutura Empresarial do Aftermarket; Autonomia Financeira; Rotação de Inventários; Rentabilidade das Vendas; Serviços Prestados e Rentabilidade dos Capitais Próprios.
Tendências que vão condicionar o pós-venda
Pedro Barros apresentou, também, as principais tendências que vão condicionar o mercado do pós-venda, segundo o estudo da consultora Victoria del Corral. Foi assinalado que as marcas de automóveis vão melhorar o seu posicionamento a curto prazo na distribuição de peças de substituição, num mercado no qual as barreiras entre o canal de marcas e o canal independente tendem a desaparecer.
O automóvel do futuro será conectado, elétrico e autónomo. Estas tendências vão afetar o volume e a estrutura do mercado, bem como os modelos de negócio de todos os agentes. Também foi referido que o número de decisores sobre onde realizar a reparação do veículo irá diminuir, o que resultará numa concentração do negócio de pós-venda.
A crescente transparência de preços em toda a cadeia de valor implicará tensões nos preços, com maior relevância no canal IAM, resultando numa maior pressão por parte dos distribuidores para reduzir o diferencial de preços com o canal das marcas. A sensibilização da sociedade relativamente à contaminação da atmosfera acelera a queda do Diesel ao gerar alarme no consumidor, estagnando a procura.
Por último, o acesso aos dados do veículo tornará este num elemento ativo no sistema de pós-venda. Na verdade, a utilização da informação gerada pelos veículos pode representar uma verdadeira revolução. Entre outras razões, devido à possibilidade de permitir a oferta de serviços adicionais aos utilizadores para que a sua experiência seja mais completa e personalizada.