Sustentabilidade no pós-venda – O grande desafio!

O maior desafio do setor pós-venda será a sustentabilidade e as empresas precisam de ter consciência do seu verdadeiro significado. Isto implicará a definição do seu nível de ambição para cada um dos campos de ação na sua estratégia de sustentabilidade
Deverão tentar ser pioneiras numa determinada área, ou será que primeiro precisam de reduzir a diferença em relação aos seus concorrentes? Os níveis de ambição devem ser realistas, uma vez que a nova geração de clientes está cada vez mais atenta aos aspetos ambientais e não desculpa más práticas nesta área.
As empresas que não abordam a sustentabilidade na sua estratégia estão a hipotecar o seu futuro, porque a passividade em questões de sustentabilidade coloca riscos substanciais às empresas, nomeadamente danos a nível da imagem e reputação. Nas últimas décadas, a sustentabilidade ganhou um lugar cimeiro na agenda da estratégia empresarial. Sobretudo desde o Pacto Ecológico Europeu, as empresas começaram a implementar ambiciosas normas de conformidade e éticas. Mas isto não se deve apenas ao facto de terem desenvolvido subitamente uma consciência para este tema. Pelo contrário, o público em geral tem liderado o debate sobre a sustentabilidade, e a crescente preocupação do público resultou num endurecimento da regulamentação em áreas como as emissões de CO2 e a reciclagem de materiais.
A Geração Z está a provar ser uma geração de ativistas e, à medida que estes novos funcionários entram no mercado de trabalho, as empresas estão a ter de reforçar os seus compromissos com a sustentabilidade. Os trabalhadores atuais esperam cada vez mais que os seus empregadores tenham uma missão social, um sentido de propósito e que se envolvam ativamente com o mundo exterior. E as empresas que desejam atrair os melhores talentos devem seguir essa linha. Em conjunto com a pressão dos cidadãos preocupados e do seu próprio pessoal, as empresas enfrentam também uma regulamentação mais rigorosa por parte do governo. A regulamentação desempenha um papel fundamental na criação das condições necessárias para a jornada da sustentabilidade. O foco incide nos ciclos de vida dos produtos, nas emissões de CO2 e na economia circular.
Os fabricantes já estão a contribuir ativamente para a eficiência dos recursos ao recondicionarem uma grande variedade de peças, incluindo motores e caixas de velocidades. A indústria automóvel não contribui para a economia circular apenas ao recondicionar componentes ou ao reduzir o desperdício, mas também ao prolongar a vida útil dos veículos que produz. Os fabricantes acreditam que têm uma responsabilidade para com os seus clientes de apoiar a longevidade dos veículos, garantindo que os mesmos podem ser sujeitos a revisão, reparação e manutenção. O prolongamento da vida útil de um veículo é essencial para reduzir os custos dos consumidores, bem como para a conservação dos recursos naturais e da energia.
Mas a sustentabilidade também cria oportunidades económicas. Por exemplo, fazer da sustentabilidade o seu princípio orientador pode ajudar a empresa a aumentar a sua eficiência energética, aumentar o seu nível de reciclagem e repensar o seu modelo de negócio, o que pode levá-la a descobrir um novo potencial de mercado. Abordar a questão da sustentabilidade de frente pode trazer grandes recompensas.




