Veículos elétricos são opção mais económica para frotas em 2025
O Estudo Mobilidade 2025 da Ayvens confirma que os veículos 100% elétricos (BEV) continuam a ser a solução mais competitiva para frotas empresariais, conquistando 48 dos 68 perfis analisados de custos totais de utilização (TCO)
A Aynes, especialista em mobilidade sustentável, acaba de lançar o Estudo Mobilidade 2025, onde reforça a ideia de que os veículos 100% elétricos (BEV) permanecem como a escolha mais competitiva para as frotas empresariais. A análise mostrou que, em 48 dos 86 perfis da sua matriz de TCO (Total Cost Ownership), os BEV representam a opção mais eficiente.
O estudo destacou ainda a crescente pressão regulatória sobre os fabricantes automóveis. A partir de 2025, estes terão de cumprir um novo limite de emissões médias de 93,6 gCO2/km, sob risco de penalizações significativas. Mesmo com alguma flexibilidade proposta pela Comissão Europeia entre 2025 e 2027, prevê-se um investimento ainda mais forte na mobilidade elétrica.
Num mercado cada vez mais competitivo e com o objetivo de recuperar quota de mercado, os fabricantes europeus veem-se forçados a equilibrar custos de produção e a investir em inovação tecnológica, visto que, em 2025, espera-se que as marcas chinesas continuem a crescer na Europa.
O mercado de VE na Europa passou por um período de desaceleração durante o ano de 2024, muito influenciado pelo fraco desempenho do mercado alemão, que, com a suspensão dos subsídios entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, afetou em grande medida o desempenho destas motorizações. Além disso, as exigências das metas de CO 2 para 2025 levaram a que muitos OEM adiassem as suas entregas para o início do ano, para, desta forma, conseguirem margem para o cumprimento das metas.
O Estudo Mobilidade 2025 indicou então que esta é a primeira queda na evolução europeia. Mesmo assim, os BEV registaram maior quota de mercado, com 13,12%, versus os veículos diesel, que veem a sua quota a diminuir, fixando-se nos 12,44%. Em 2024, também a quota dos veículos híbridos plug-in caiu de 7,71% em 2023, para 6,89%.
Em Portugal, os números mostraram que os veículos elétricos assumem posições de destaque, tendo uma quota de mercado de 18% – surgindo como um país incomparavelmente mais maduro que os seus congéneres do sul da europa. As quotas de vendas dos VE em Portugal superam os números que se verificam no Reino Unido, na França e na Alemanha.
No nosso país, os três primeiros trimestres de 2024 revelaram que os BEV são a motorização preferida dos portugueses, a seguir aos veículos a gasolina. Tal como na Europa, os veículos a diesel têm sido penalizados, verificando-se uma diminuição da sua quota de mercado: dos 12% nos três primeiros semestres de 2023 baixou para 8,7% no final do terceiro semestre de 2024 – um recuo de mais de 3% de vendas. Já as motorizações a gasolina recuaram apenas meio ponto percentual.
O estudo indicou que, este ano, espera-se a chegada ao mercado de mais de 50 novos modelos de BEV com preços de aquisição mais acessíveis. Os fabricantes europeus pretendem apostar na produção local de baterias, tendo o mesmo objetivo em mente: tornar os BEV mais atrativos para os consumidores.
Ao analisar os Custos Totais de Utilização (TCO), a Ayvens estimou que, seguindo a tendência do ano anterior, segundo a qual os VE já seriam mais competitivos em 88% dos segmentos de veículos de passageiros para quilometragens de 30.000 km/ano; em 2025, os veículos elétricos manter-se-ão a escolha mais económica para gestores de frotas.
“Há razões para assumir que a mobilidade elétrica veio para ficar. O ano de 2025 é, essencialmente, um ano de adaptação e redefinição do setor automóvel”, afirmou Ricardo Silva, diretor comercial da Ayvens em Portugal. O mesmo declara ainda que “os veículos elétricos vão assumir-se como parte essencial da oferta automóvel global, deixando de ser apenas uma tendência. Numa fase em que os fabricantes enfrentam cenários de transição exigentes, iremos continuar a apoiar os nossos clientes nas suas decisões e mantermo-nos atentos à volatilidade do mercado”, concluiu.
Leia o Estudo Mobilidade 2025 completo aqui.