“Do nome à especialização: uma evolução com identidade”, Tacofrota

06 - tacofrota

A Tacofrota nasceu ligada ao mundo dos tacógrafos, como o nome indica. Hoje, passados 33 anos, a empresa é uma referência nacional na climatização automóvel, com um portefólio completo de produtos e serviços associados ao ar condicionado. O Sr. Carlos Santos, fundador da empresa e ainda no ativo, foi o impulsionador de um projeto que se transformou com o tempo. Atualmente, a gestão está a cargo de Sérgio Santos e da sua esposa, Sandra Cruz, que têm liderado a modernização e o crescimento da empresa

“Na altura, este era um negócio muito associado ao controlo de frotas, e o nome fazia todo o sentido”, recorda um dos responsáveis. Com o tempo, a empresa evoluiu. Apesar de ter deixado de trabalhar com tacógrafos — tendo inclusive terminado com esta linha de negócio — a Tacofrota manteve o nome como elemento de identidade. “É um nome que ficou muito enraizado nos nossos clientes, independentemente de já não termos essa oferta. Hoje somos uma referência nacional em climatização automóvel e os nossos clientes reconhecem-nos assim”, acrescenta.

Foco total no A/C automóvel
A especialização em climatização automóvel começou a ser construída há mais de 15 anos, numa altura em que o mercado nacional ainda era incipiente neste segmento. “Começámos com produtos básicos, como válvulas e ferramentas para recolha de gás, e fomos aprofundando. Hoje em dia vendemos não só componentes e consumíveis, mas também máquinas, ferramentas e acessórios relacionados com o ar condicionado automóvel”, explica. A empresa aposta também na formação, no serviço técnico e no apoio pós-venda — elementos que considera essenciais para criar uma relação de confiança com os clientes. “Não fazemos reparações, mas damos todo o apoio técnico. É essa proximidade e esse conhecimento que nos distinguem no mercado”.

Crescimento contínuo e planeado
Dado o crescimento sustentado nos últimos anos, a Tacofrota optou por não participar recentemente em salões dedicados ao aftermarket. A decisão teve por base uma razão estratégica: “Apesar de termos tido um bom retorno noutras edições, e de já não trabalharmos com tacógrafos, quisemos fazer uma reestruturação profunda da empresa. O crescimento tem sido tão acentuado que estávamos com dificuldades em manter o nível de serviço com os clientes que já tínhamos. Assim, ao permitir que os novos clientes surjam gradualmente — como tem vindo a acontecer — conseguimos manter a qualidade e o compromisso com quem já trabalha connosco”.

Quanto ao futuro, a aposta continua na especialização. A eletrificação do automóvel, longe de ser um obstáculo, é encarada como uma oportunidade: “Os compressores dos carros elétricos são completamente diferentes dos de combustão, e a nossa experiência neste setor vai fazer ainda mais a diferença”.

A Tacofrota já comercializa compressores para veículos elétricos e está a estudar a aquisição de um banco de ensaio para esse tipo de componentes. “O nosso objetivo é, futuramente, fazer o recondicionamento desses compressores, algo que quase não existe atualmente no aftermarket, onde praticamente só estão disponíveis peças originais. É uma lacuna que queremos colmatar”.

Leia a entrevista completa na edição impressa ou online do Jornal das Oficinas nº223, aqui.