Bosch previne risco de eletrocução em acidentes com elétricos

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Com cada vez mais veículos elétricos na estrada, muitos condutores veem a sua preocupação aumentar em relação ao que devem fazer em caso de colisão.

Os motores elétricos também representam novos desafios para as equipas de resgate. Como qualquer outro veículo, os elétricos estão equipados com mecanismos de segurança para este tipo de situações.

Por exemplo, os semi-condutores da Bosch ajudam a evitar o risco de choque elétrico após um acidente. Microchips especialmente projetados desativam os circuitos de potência do veículo em frações de segundo.

Isto permite que as equipas de resgate trabalhem imediatamente e garante que os socorristas e os ocupantes do veículo permaneçam seguros.

“A nossa tecnologia de semi-condutores desempenha um papel vital na segurança de veículos híbridos e elétricos”, afirma Jens Fabrowsky, membro da gestão executiva da divisão de Eletrónica Automóvel da Bosch.

A Bosch fornece aos construtores de automóveis chips semi-condutores para incorporação em sistemas especiais, que desligam a bateria com segurança em caso de colisão.

Para muitas pessoas, os cabos danificados como resultado de acidente são motivo de preocupação: a corrente da bateria pode ser conduzida através da carroçaria metálica de um veículo híbrido ou totalmente elétrico.

Aliado a esta situação, está o facto de as baterias serem projetadas para fornecer uma voltagem de 400 a 800 Volt.

No entanto, os chips semi-condutores da Bosch garantem que a bateria de alta tensão é desconectada automaticamente, para que ninguém, ocupantes de veículos, equipas de resgate e socorristas, seja vítima de uma descarga elétrica.

Os dispositivos semi-condutores fazem parte de um sistema de segurança pirotécnica, através de um piro fusível.

Estes sistemas “explodem” secções inteiras da conexão do cabo à bateria de alta tensão através de cargas explosivas em miniatura, interrompendo, de forma imediata e eficaz, a circulação de energia.

Os semi-condutores da Bosch desempenham um papel decisivo nesses sistemas.

Se, por exemplo, o sensor do airbag detetar um impacto, os pequenos dispositivos, com apenas 10 milímetros e pesando apenas alguns gramas, acionam o piro fusível.

Este processo desencadeia pequenas explosões que provocam uma rutura no cabo de alta tensão entre a unidade da bateria e o restante sistema eletrónico.

Cortando o fluxo de corrente, o risco de choque elétrico ou incêndio é eliminado.

O sistema integrado IC de airbag, CG912, usado no sistema de piro fusível é um circuito integrado de aplicação específica ou ASIC. A aplicação específica é, neste caso, a segurança automóvel.

“Os nossos ASICs, que não são maiores do que uma unha, mas ainda assim preenchidos com milhões de transístores, são projetados para ativar funções de segurança de maneira fiável numa fração de segundos”, afirma Fabrowsky.

Originalmente desenvolvido pela Bosch para acionar airbags, o CG912 tem um historial de sucesso neste tipo de funções.

Os veículos modernos contêm dezenas de ICs para controlar, não apenas os sistemas de segurança, como airbags e tensionadores de cinto, mas também cruise control, sensores de distância, assistência de luzes, suporte para mudança de faixa, sensores de chuva e deteção de sonolência do condutor.